Episodes

Monday Oct 03, 2016
episódio 127, Ana Julia Ghirello
Monday Oct 03, 2016
Monday Oct 03, 2016
"É fazendo que a gente sabe o que quer e o que não quer"
Ana Julia Ghirello
Outra coisa que referiu como motor do que tem feito, é "acreditar nos meus incómodos", acreditar que se há algo que sente não estar bem, ela vai arranjar maneira de resolver.
"Com o exercitar da autoconfiança, novos poderes surgirão"
Ralph Waldo Emerson
Outra coisa que referiu, e com a qual concordo plenamente, é o facto de nos estarmos a fazer e a refazer todos os dias, que somos seres vivos, orgânicos, que mudam, que têm a capacidade de se adaptar, da mesma forma que as própria empresas deverão ter essa capacidade.
O podcast esteve parado dois meses e meio, e acho que esta conversa é um óptimo recomeço.
Livros referidos:
- "O irmão alemão" do Chico Buarque
- "Um homem em busca de sentido" do Vitor Frankl
- "Change the world without taking power" do John Holloway
- "Capital" do John Lanchester
- "The More Beautiful World Our Hearts Know is Possible" do Charles Einsenstein
Sites relativos aos projectos da Ana Julia:

Monday Jul 11, 2016
episódio 126, Filipe Melo e Juan Cavia, Os Vampiros
Monday Jul 11, 2016
Monday Jul 11, 2016
O episódio desta semana tem o Filipe Melo e Juan Cavia como convidados.
O Filipe Melo, anterior convidado, é realizador, músico, argumentista, e mais aquilo que lhe apetecer fazer, o Juan Cavia é ilustrador e director de arte, juntos fazem magia. O mais recente livro de banda desenhada "Os Vampiros", é o quinto livro que fazem juntos, depois das aventuras do "Dog Mendonça e Pizza Boy", um livro diferente, mas na minha modesta opinião, fantástico.
Não me vou alongar, a nossa conversa é bastante clara, dá para perceber o enorme trabalho por trás do resultado final, e o livro vale bem a pena comprar, é daqueles aos quais voltaremos muita vez, e de cada viagem, novas camadas iremos descobrir.
Gravámos numa esplanada em Lisboa, no Blu Café, e agradeço ao Senhor Vitor, dono do café, toda a disponibilidade e simpatia.

Monday Jun 27, 2016
episódio 125, Afonso Cruz
Monday Jun 27, 2016
Monday Jun 27, 2016
O convidado desta semana é o Afonso Cruz, escritor, ilustrador, realizador, e músico, que eu há muito gostava de ter entrevistado, desde que ouvi a entrevista que ele deu à Inês Meneses no Fala com Ela, mas que me fez ir adiando, pois acho que a conversa entre os dois foi muito boa, e havia o receio de me comparar, e falhar.
Mas um destes dias, ao ler um texto do Afonso, partilhei-o e na partilha disse que gostava de conversar com ele. Minutos depois, o Filipe Lopes, anterior convidado, e a Edite Amorim anterior convidada, puseram-me em contacto com ele através do facebook, o que mostra que estamos todos muitos próximos e disponíveis para ajudar.
Combinámos o dia e eu iria deslocar-me a Avis no Alentejo, onde ele vive, mas sorte a minha e disponibilidade dele, veio à Feira do livro de Lisboa, e acabou por passar antes cá em casa para conversarmos.
O Afonso é um grande escritor, com prémios já no seu currículo, e acho que vai ser ainda maior, tem uma maneira cativante de escrever, muito criativa, é produtivo, e tem a noção do ofício da escrita, algo que faz faltas a muitos de nós, nos quais me incluo, esta noção que há um lado oficinal, pragmático quando queremos desenvolver a nossa arte, seja ela escrever, pintar, desenhar, inventar, e até fazer podcasts. A repetição, a tentativa, a experimentação, são ferramentas essenciais para o crescimento, a evolução, é nestas iterações que percebemos o que faz ou não sentido, onde podemos melhorar, e de que forma.
O seu processo criativo é interessante, trouxe-o da animação onde trabalhou, onde define um início, e um fim, e um meio, e vai preenchendo os meios que existem entre dois momentos, simples e eficaz. Tenho reflectido sobre esta maneira de trabalhar, e admito que me agrada como estrutura de trabalho, e até como estrutura de vida, pois, torna-nos conscientes de onde estamos, o nosso início, estabelecemos um fim, o objectivo a alcançar, e vamos pensando como poderemos ir preenchendo as partes que ainda não sabemos, mas que podemos apontar como possibilidades, com a vantagem de sermos tolerantes com as mudanças de objectivos, caso faça sentido, e atentos às respostas que nos podem surgir, uma vez que vamos construindo uma narrativa que vai ganhando sentido, com pontos intermédios aos quais vamos apontando.
A entrevista é longa e cheia de sabedoria, de alguém que tem tido confiança no seu trabalho, que tem a coragem de ser freelancer desde o início da sua carreira, coisa que eu gostaria, mas não tenho a coragem, pois ao contrário dele, se o mês se aproxima do fim e não há muito trabalho/dinheiro, acredito mais que ele não vai surgir, do que tudo se resolverá e vai correr bem. Percebo que o seu método, a sua experiência, não são comparáveis à minha, percebo que o trabalho com espinha dorsal tem muito mais possibilidade de ser bom. Se eu partir para uma viagem sem saber para onde vou, porque vou, dificilmente encontrarei aquilo que pretendo, serei apenas alguém à deriva, e esse tem sido muito do meu percurso, arrancar sem destino nenhum, como diziam os Trovante na sua 125 Azul, e embora me tenha encontrado com muita gente interessante, não sinto que tenha feito nada digno de nota. Talvez me exija demasiado, mas provavelmente a minha insatisfação, seja o motor para continuar a fazer, para fazer mais e melhor.
Vou tentar desenhar as minhas ideias e projectos desta forma, preencher espaços, pergunta a pergunta.
- Livro do Afonso que tenho, "Enciclopédia Universal da Estória Universal", e que falamos durante a entrevista.
- Livro que falamos no fim, "Cartas a Lucílio" de Lúcio Aneu Séneca.

Monday Jun 20, 2016
Falar mais Criativo - episódio 35, Parceiros Criativos
Monday Jun 20, 2016
Monday Jun 20, 2016
Esta semana eu e a Anita, falamos daquelas pessoas que nos ajudam a ser mais criativos, e a importância que tem, estarmos atentos quem são, e como potenciar essas interacções.
"Diz-me com quem andas, e dir-te-ei quem és"
Todos nós temos grupos, ou pessoas em particular, onde o nonsense, a parvoíce, o absurdo têm lugar e são aceites, e é nesse "espaço" que podemos muitas vezes desbloqueat, ou apenas praticar a nossa capacidade de gerar ideias, ou encontrar soluções para problemas.
Devemos também estar atentos à tendência que temos para nos moldarmos, de perdermos a identidade como forma de fazer parte, de nos sentirmos aceites.
Há sempre pessoas na nossa vida com quem podemos ser patetas, e são parceiros a estimar.
- O livro sugerido, é "O Ponto" do Peter H. Reynolds, que eu não conhecia, mas a Anita sim, e devo dizer que fiquei muito fã, mensagem simples e poderosa para seres humanos de todas as idades.
Qualquer dúvida ou sugestão, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gamil.com

Tuesday Jun 14, 2016
episódio especial Guitarras ao Alto, com Vasco Durão
Tuesday Jun 14, 2016
Tuesday Jun 14, 2016
Neste episódio extra, falei com o anterior convidado, o Vasco Durão sobre um projecto dele, o Guitarras ao Alto.
É já no próximo fim de semana, todos os detalhes nos seguintes links:

Monday Jun 13, 2016
episódio 124, Mónica Abdurehaman
Monday Jun 13, 2016
Monday Jun 13, 2016
A convidada desta semana é Mónica Abdurehaman, User Experience Designer e também a mulher do Pedro Andrade.
A entrevista foi gravada no Atrium Saldanha, daí haver algum ruído de fundo, que eu prefiro não ter, mas que não impede de aproveitar a nossa conversa.
A Mónica tal como o Pedro, vive em Londres, e como ela veio cá para uma conferência, sobre UX (user experience), a UXLX, aproveitei para a entrevistar, pois esta questão da experiência do utilizador, e de que forma essa experiência pode ser boa ou má, é algo que me interessa, uma vez que o próprio podcast é em si uma experiência, que espero seja boa, mas também espero, venha ser melhor.
O percurso que teve, é também ele diversificado, de mudanças de área, entre belas artes, design de equipamento, visual effects, a Mónica andou à procura, por vezes já pouco acreditava se seria o UX mais uma dessas mudanças passageiras, mas ao que me pareceu, como é uma área onde há diversidade e várias possibilidades de intervir, será este o sítio onde irá permanecer, ou talvez não. Com certas pessoas, nas quais me incluo, por vezes a única constante é mesmo a mudança.
A experiência do utilizador está em quase tudo, se não mesmo em tudo o que fazemos, e por essa razão, cabe a quem tem um serviço ou um produto e que pretenda que seja consumido ou utilizado, saber qual a melhor para criar uma experiência que valha a pena o tempo e o dinheiro do público alvo.
Existe muito de comportamento humano nesta área, por essa razão, é algo que gosto, eu que sou um curioso das pessoas, e das razões por que fazem o que fazem. Não percebo muito do assunto, pois se percebesse talvez o podcast fosse uma experiência mais interessante, o que levaria a maior interacção com os ouvintes. As pessoas fazem o download, mas é muito diferente saber que a "Sara", o "Miguel", ouvem o podcast e gostam ou não gostam, do que ver o download número 33 e 265. Mas isto não é sobre mim.
Muitas marcas já perceberam que o principal foco deve ser o utilizador, o como usam, consomem os seus produtos ou serviços, e quais as razões para o fazerem, ou não fazerem.
O consumo mudou, as pessoas já não escravas do que as marcas oferecem, há escolha, demasiada escolha até, o que torna muito complicado ser o produto escolhido, ser a marca eleita para ter acesso à minha atenção, como consequência, a minha acção de comprar, ou utilizar. Sim porque muitas coisas não compramos, mas escolhemos utilizar, bem ou mal, conforme a experiência está em sintonia com as pessoas que são o público alvo, como o caso de um peão utilizar ou não uma passadeira, dependendo se o local está ajustado aos seus comportamentos.
No caso do percurso de Mónica, também ele é uma "user experience", ela trabalhou nalgumas áreas, percebeu as coisas que não gostava e não queria para si, e quando, quase por acaso encontrou o UX, foi-lhe mais fácil decidir que não queria fazer noitadas, que queria trabalhar numa empresa pequena, e que seria melhor se fosse algo com várias facetas, dias diferentes, fazendo coisas diferentes, mas que têm como ponto comum, todos nós, os utilizadores.
- Livro sugerido é o To Kill a Mockingbird (Mataram a Cotovia) da Harper Lee
A música do genérico é do anterior convidado, o Bernardo Barata.

Tuesday Jun 07, 2016
Falar mais Criativo - episódio 34, Criatividade no Trapézio
Tuesday Jun 07, 2016
Tuesday Jun 07, 2016
Esta semana com a Anita na Bulgária, falámos sobre uma experiência que ela teve, ao assistir um trapezista a estar com o seu próprio processo criativo.
Falámos sobre a constatação de que as ideias precisam de tempo, e que cada vez nos é mais difícil termos tempo sem nada, espaço para o nada, onde as coisas surgem.
Referi um texto do Afonso Cruz, "Paralaxe:Kavafis, só para ser mais preciso" , sobre um poema de Constatino Kavafis, Ítaca.
Neste episódio referimos um outro episódio do Falar mais Criativo, o Play.
Livro sugerido é o "The Artist´s Way" da Julia Cameron.

Monday May 30, 2016
episódio 123, Afonso Salcedo
Monday May 30, 2016
Monday May 30, 2016
O convidado desta semana é o Afonso Salcedo, entre outras coisas, director de fotografia, realizador, que já trabalhou na Pixar e na DreamWorks.
Por alturas da entrevista do André Lourenço, o também anterior convidado José Alves da Silva, sugeriu o nome do Afonso, e que o André seria a pessoa ideal para fazer a ponte.
Uma vez que o Afonso está em Palo Alto, São Francisco, e só para Setembro aquando do THU virá cá, tive de combinar a nossa conversa por Skype, e devo dizer que desde o primeiro momento, do primeiro mail, se mostrou extremamente acessível e até me deu os parabéns pela entrevista que fiz ao André.
No dia combinado, acabado de chegar do meu emprego, subi para o escritório e liguei o Skype, e após um pequeno desencontro, lá começámos a conversar. Em momento nenhum houve qualquer tipo de estranheza na maneira como conversámos, parecia que já o conhecia, havia disponibilidade de ambas as partes para uma conversa aberta.
O Afonso pode ser considerado quase um prodígio, teve uma média de entrada na faculdade de 21, numa escala de 0 a 20, pode parecer estranho, mas ele explica durante o podcast. Esta questão de pessoas para quem a vida académica é mais fácil, pode muitas vezes ser uma maldição, quem para muitas coisa tem jeito, acaba por ter mais dificuldade em escolher uma determinada área, e foi isso que lhe aconteceu, começou um curso de electrotecnia de computadores, desistiu, mudou-e para Inglaterra, trabalhou na Blockbuster, tirou um mestrado, frequentou uma escola de artes performativas, onde teve contacto com um lado mais artístico e criativo da sua personalidade, algo que reconhece como marcante para si.
O Afonso falou de crises existenciais nestas mudanças todas, mas em todas foi capaz de se ouvir, de se conectar com o que o faz realmente feliz, e foi mudando, amadurecendo, até chegar ao mundo dos filmes, começando por trabalhar no filme do Harry Potter, o Prisioneiro de Azkaban, onde fazia o turno da noite, e após alguns filmes, achou que precisava de mudar, e mudou-e para Palo Alto, sem certezas, a não a de que queria experimentar outra realidade, aquela realidade.
Acabou por chegar à Pixar, onde percebeu rapidamente que era uma empresa diferente, para melhor, onde a diferença é aceite, e onde todos têm uma opinião com o mesmo valor, onde segundo ele não há egos. Sobre este assunto ele refere o livro do Ed Catmull, o "Criatividade", como sendo um livro que descreve a maneira daquela grande empresa trabalhar.
Também trabalhou na DreamWorks, por querer mudar experimentar, crescer, a experiência não correu tão bem, mas ao sair fez questão de dizer o que na sua opinião funcionava bem, e o que não funcionava.
Não posso dizer que conheça o Afonso, mas daquilo que fiquei a conhecer na nossa conversa, posso dizer que é um verdadeiro guerreiro do bem, um discreto soldado que tem a coragem de falar em defesa daquilo que acredita, mas que acima de tudo tem a coragem de se ouvir, de lutar por aquilo que o faz feliz.
Falámos da morte, de como para ele, e também para mim, a curiosidade pela morte nada tem de mórbido, pelo contrário, é um meio de de dar valor à vida, de fazer justiça ao estar vivo, de viver os dias que temos de forma plena, em sintonia com a nossa natureza.
A vida é demasiado curta para a passarmos infelizes.
O Afonso é um daqueles exemplos de que o Bem ganha, que as boas pessoas conseguem chegar longe, ao contrário de muitas opiniões de café, que dizem que o mundo é dos sacanas, e que para chegar mais alto é preciso pisar pessoas pelo caminho.
Para mim, foi sem dúvida inspirador falar com ele, espero que para quem ouvir o seja também.
O Afonso tem um projecto a precisar de apoio no Indiegogo, o Sonic Runway no Burning Man, quem puder e quiser, acho que é de ajudar, eu já o fiz.
A música do podcast é do anterior convidado Bernardo Barata, e podem ouvir todo o albúm aqui, fazer o download, e como apoiantes que são de boa música pagar o que entenderem.
O video que foi ideia dele, e que fez chorar o Steve Jobs...e a mim também! Apanhou-me num dia que precisava de ouvir que as coisas melhoram.
- Livros sugeridos:
- "When Breath Becomes Air" do Paul Kalanithi
- "His Dark Materials" do Phillip Pullman
- "À Boleia pela Galáxia" do Douglas Adams.

Monday May 23, 2016
Falar mais Criativo - episódio 33, Pressupostos.
Monday May 23, 2016
Monday May 23, 2016
Esta semana eu e a Anita Silva, falamos sobre Pressupostos, coisas que assumimos com sendo verdades inabaláveis, e que muitas vezes nos limitam a encontrar soluções para os problemas que enfrentamos.
O episódio foi gravado durante a minha hora de almoço, nos jardins da Gulbenkian, por isso não estranhem se ouvirem passarinhos, aviões, e outros barulhos de cidade.

Monday May 16, 2016
episódio 122, Henrique Santos
Monday May 16, 2016
Monday May 16, 2016
O convidado desta semana é o Henrique Santos, educador de infância, que me foi sugerido pelo anterior convidado Filipe Lopes.
Fui ter com o Henrique à escola onde ele dá aulas, apresentou-me aos seus alunos, fomos almoçar, e depois disso, fomos com calma gravar.
Este é um episódio diferente, não houve tanto um tom nos processos, houve sim muita reflexão sobre o ênfase excessivo que é colocado em certas disciplinas dos currículos escolares, como a matemática e português, e pouco ou nenhum, noutras como as artes ou filosofia.
O Henrique tem uma preocupação, uma consciência de servir, de missão, no seu papel como educador, sente-se que não passa por achar que tem a ver com ele, mas sim com o que é importante para criar seres humanos solidários, com valores.
Nas escolas hoje em dia é dada (quanto a mim) demasiada importância a resultados, e pouco aos valores.
Existe um foco apenas em quantificar saber, sem haver interesse sobre que alunos são estes, de que formam tratam os seus pares, os seus educadores, os seus pais, e todas as pessoas com quem no seu dia a dia se cruzam.
Referiu-me que lhe faz falta o feedback, a comunicação com os pais para reflectir sobre o seu desempenho, sobre a maneira como desenvolve o seu trabalho, e ao haver uma distância entre o papel dos pais e dos professores cria-se espaço para existir algo que ele falou, que é o síndrome dos pais separados. As crianças percebem que ao serem o canal de comunicação conseguem gerir de forma que lhes convenha, o que os pais sabem sobre a escola, e o que os professores sabem da relação com os pais.
É importante, é mesmo essencial que os pais participem, que sejam presentes na escola dos filhos. Não digo com isto que sejam um estorvo, mas que ajudem, dando sugestões, estando atentos a práticas que considerem poder ser melhoradas, e apoiando os professores no objectivo comum que é crianças que cresçam seres humanos felizes e com valores.
Eu sou um pai que está presente, que conhece os pais dos colegas das minhas filhas, sobretudo na escola da minha filha, faço parte de um grupo de teatro, que me permitiu mais facilmente me integrar, perceber as dinâmicas da escola, e entender de que forma poderia contribuir, tornado a escola melhor para a minha filha e para os outros alunos.
O Henrique tem um projecto fora da escola, a Try-Out Kids, que realiza campos de férias e actividades ao livre no concelho de Mafra, e sentiu na pele o querer desenvolver a sua ideia, e encontrar localismos, desconfiança por não ser da terra, fazendo com que tivesse de recorrer no primeiro ano de actividade a agentes exteriores ao concelho.
É difícil muitas vezes as pessoas perceberem que se nos juntarmos, conseguimos todos ganhar mais, numa mentalidade de abundância o meu contributo junto com o teu tem muito mais força, mais impacto, e dessa forma mais retorno, porém numa mentalidade de escassez, se tu ganhares algo, implica que eu estou a perder algo, e aqui voltamos à questão da educação, pois a quantificação e competição resultante de exames, separa as crianças, faz com que cresçam a entender os colegas como rivais e não como parceiros.
A escola tem de mudar, tem de deixar de ser o sítio onde é debitado conhecimento, mas sim o sítio onde vamos experimentar, falhar, colaborar, questionar, e como consequência, crescer e vencer, todos.