Episodes

Monday Feb 29, 2016
Falar mais Criativo - episódio 27, Como ligar ideias desconexas
Monday Feb 29, 2016
Monday Feb 29, 2016
Esta semana eu e a Anita Silva, falamos de como ligar ideias desconexas, ideias que à partida parecem não terem qualquer relação, mas que é nesses espaço de encontro entre coisas que aparentam não ter nada a ver que muitas vezes está o valor.
Procuramos ideias inovadoras, que nunca tenham sido pensadas, mas uma boa maneira de chegar lá, será relacionar o que não nos parece ter relação.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Feb 22, 2016
episódio 116 - Bruno Maltez
Monday Feb 22, 2016
Monday Feb 22, 2016
O convidado desta semana é o Bruno Maltez, arquitecto e ilustrador, que conheci quando fui à primeira reunião do Colab Lisboa.
Embora o Colab Lisboa tenha deixado de existir, os contactos que fiz nessa altura ainda continuam a dar frutos, e encaro essa altura como fundamental para o meu crescimento. Pena que tenha terminado.
O Bruno é ouvinte assíduo do podcast, por isso foi algo injusto ele saber tanto sobre mim, e eu não saber sobre ele, mas no fim das mais de duas horas de episódio, fiquei a conhecê-lo bem melhor.
Há algum tempo que pretendia entrevistá-lo, mas ele foi adiando, dizendo que ainda não se sentia à altura de outros convidados, mas que em Fevereiro de 2016 seria. Assim foi.
Temos em comum o facto de sermos arquitectos, família nos CTT, e um gosto particular pela patetice, que no meu entender é uma enorme qualidade, e a maior diferença é o Bruno ter conseguido criar um meio de viver que lhe permite ser o seu próprio patrão, e eu ainda não ter conseguido fazer.
O seu percurso é relativamente linear, há nele um ser decidido, que ora se mostra, ora se esconde, mas está lá, e se for preciso dizer que quer ser ele o responsável por determinado projecto, dirá para quem quiser ouvir, não como forma de ameaça, mas como forma transparente de afirmação daquilo que é.
O divórcio foi algo que o marcou, poderão ouvir em maior detalhe os porquês, mas aquilo que eu acho e que vale o vale, é que o Bruno teve aquilo que em psicologia se chama de "crescimento pós-traumático".
Quando algo de negativo nos acontece, temos apenas duas opções:
- deixar que isso nos afecte a ponto de nos limitar e incapacitar, tornando-os pessoas deprimidas e amargas ou,
- aproveitar a quebra no que parecia uma linha recta, reflectir sobre o que vale a pena lutar, o que é realmente importante para nós, e dessa forma renascer mais forte e capaz, tal qual fénix que renasce das cinzas.
A necessidade de providenciar o sustento da filha e as limitações das horas que poderia estar com ela, fizeram com que o Bruno se visse de certa forma obrigado a criar a sua maneira de trabalhar, de ganhar a vida, de maneira a ser compatível com a sua prioridade. A filha.
Por mais que reclame ou me queixe, a vida tem-me sido favorável, pois se ainda não me vi forçado a criar esse meio independente de ganhar a vida, foi porque a dor nunca se tornou insuportável. E é, sem dúvida, a dor que nos faz mudar.
- Site do Bruno.
- O livro sugerido é "O Desejo de Ser Inútil" do Hugo Pratt.

Monday Feb 15, 2016
Monday Feb 15, 2016
Esta semana eu e a Anita Silva, damos uma ajuda aquelas pessoas que por serem especialistas em determinada área, por vezes têm dificuldade em ver soluções inovadoras.
No fundo somos todos, pois todos temos algo em que temos mais conhecimento, e por vezes não conseguimos ver soluções óbvias por estarmos formatados segundo determinadas regras e códigos específicos da área.
A Anita trouxe quatro dicas para ajudar os especialistas a desbloquear, ouçam e fiquem a saber quais são.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Feb 08, 2016
episódio 115, André Oliveira regressa
Monday Feb 08, 2016
Monday Feb 08, 2016
Esta semana o André Oliveira regressa à conversa comigo, uma vez que na primeira parte, ficou muito por falar. Foi algo que ambos sentimos, sobretudo porque o André ouviu as minhas conversas com o Filipe Andrade e o David Soares, conversas longas que tiveram o espaço/tempo para ir mais longe.
O André foi lá ter a casa, espaço onde gosto de receber as pessoas, que me é familiar, e que me dispõe a ouvir. Em relação ao ouvir, há algo mais esotérico que vou partilhar.
Ao preparar-me para esta nova conversa com ele, encontrei um texto muito interessante no seu blog escrito pela mulher, a Sofia, intitulado "Só mais uma ideia duvidosa", e ao acabar de o ler ouvi uma voz na minha cabeça que me disse "Ouve-o com atenção, há muito que podes aprender com a sua sabedoria". Se ainda continuas a ler o texto é porque não te assustei.
De facto aprendi muito com o André, há mestria na maneira como desenvolve os seus argumentos, como se coordena com os ilustradores, mas sobretudo na coragem que tem de explorar as suas inquietações através dos seus personagens. Inquietações também eu tenho muitas, mas não desenvolvi a capacidade de as projectar em "entidades" exteriores a mim, nem com elas construir histórias cativantes capazes de ganhar prémios.
Uso muitos destes textos que vou escrevendo, aqui e na newsletter como forma de me afastar, de ler de outro ponto de vista coisas que de outra forma me arrebatam, que me paralisam. O André parte de "ideias duvidosas", e constrói outras realidades, que passam a existir, que podem deixar ainda mais dúvidas, mas que se tornam certezas através do trabalho dedicado que ele coloca nelas.
Falámos no exemplo que quer ser para a sua filha, de possibilidade, que mais do que palavras quer deixar exemplo, algo que é muito mais poderoso do que tudo o que se possa dizer.
Ele falou não se lembrar de no seu percurso académico ter tido professores que tivessem sido exemplo para ele, que tivessem tido um papel marcante naquilo que ele faz e acredita. Ouvi outro dia uma frase que referia "haver muita preocupação com dificuldades de aprendizagem, mas pouca ou nenhuma com dificuldades no ensino". Há com certeza professores que por este ou aquele motivo não são exemplo, que tem dificuldades em cativar os alunos, e que não fazem ideia de como apontar caminhos que permitam aos alunos descobrir caminhos mais desafiantes, mas em sintonia com o que de único e especial tenham. Sim, todos temos algo em que somos diferentes, únicos, e por essa razão especiais. Não digo que com isto sejamos todos os maiores e mais bem sucedidos na área que escolhermos, mas seremos com certeza seres humanos mais realizados, felizes, e com disponibilidade para o outro, pois não teremos de andar sempre a navegar os desejos e expectativas que os outros têm para nós.
O André disse que antes de encontrar este meio de expressão andava à deriva, sem saber quem era, a diferença é que hoje em dia, a escrita se tornou um veículo para não ficar parado.
Desejo encontrar o meu veículo. Sinto de alguma forma ser este, o de conversar com almas inquietas e criativas, que questionam, que mais do que profetas, querem ser exemplos de possibilidade.
- Blog que o André refere - "A hora do saguim"
- "Vil, A tragédia de Diogo Alves"
- "Volta, O segredo do Vale das Sombras"
- Blog do André

Monday Feb 01, 2016
Monday Feb 01, 2016
Neste episódio, eu Rui Branco e a Anita Silva, falamos de mais uma técnica para gerar soluções de problemas, que é a Lista de Phoenix (Phoenix Checklist).
O problema é, como conseguir mais avaliações e críticas no iTunes para o Falar Criativo.
Se quiserem deixar a avaliação, têm aqui os links.
Video a explicar como deixar a avaliação no iTunes.
A Lista (checklist) é dividida em duas secções: O Problema e O Plano. Use a lista como uma base para montar sua lista pessoal de perguntas e siga os seguintes passos:
- Escreva seu desafio: isole o desafio ou problema que você deseja examinar e está empenhado em solucionar.
- Faça perguntas: use a lista para dissecar o desafio ou problema sob as diferentes maneiras que possa imaginar.
- Anote as respostas: soluções, necessidades de informações, ideias para avaliação e análise, etc.
PHOENIX CHECKLIST
O PROBLEMA
- Por que é necessário resolver o problema?
- Que benefícios terá pela solução do problema?
- O que é desconhecido?
- O que é que ainda não compreende?
- Que informação tem?
- O que não é o problema?
- A informação é suficiente? Ou insuficiente? Ou redundante? Ou contraditória?
- Pode fazer um diagrama? Ou um desenho?
- Quais são as fronteiras/limites do problema?
- Pode separar as várias partes do problema? Pode descrevê-las? Quais são as relações entre as partes do problema?
- Quais são as constantes (coisas que não podem ser mudadas) do problema?
- Já viu este problema antes?
- Já viu este problema de uma forma levemente diferente?
- Conhece um problema similar?
- Pode pensar num problema familiar tendo incertezas iguais ou similares?
- Suponha que encontra um problema relacionado ao seu que já tenha sido solucionado. Pode usá-lo? Pode usar o mesmo método de solução?
- Pode reformular a apresentação de seu problema? De quantas maneiras diferentes pode apresentá-lo? Mais genérico? Mais específico? As regras podem ser mudadas?
- Quais são as melhores, piores e mais prováveis conjecturas que pode imaginar?
O PLANO
- Pode resolver todo o problema? Parte do problema?
- Que solução gostaria de ter? Pode desenhá-la?
- Que parcela do desconhecido/incerto pode determinar?
- O que você pode deduzir da informação que tem?
- Usou toda a informação?
- Teve em consideração todos os conceitos e opiniões essenciais relacionadas ao problema?
- Pode separar os passos do processo de solução de problemas? Pode determinar a correcção de cada passo?
- Que técnicas de criatividade pode usar para gerar ideias? Quantas técnicas diferentes?
- Consegue visualizar o resultado? Quantos tipos diferentes de resultados consegue visualizar?
- De quantas maneiras diferentes tentou solucionar o problema?
- O que é que outros fizeram?
- Consegue intuir a solução? Consegue verificar o resultado?
- O que deve ser feito? Quem deve fazê-lo? Como? Onde? Quando?
- O que é que precisa fazer agora?
- Quem será responsável por isto?
- Pode usar este problema para resolver outro problema?
- O que faz este problema único e diferente de qualquer outro?
- Quais os melhores pontos de verificação para avaliar os progressos?
- Como poderá saber se foi bem sucedido?
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Jan 25, 2016
episódio 114 - Pedro Andrade
Monday Jan 25, 2016
Monday Jan 25, 2016
O convidado desta semana é o Pedro Andrade, compositor de efeitos visuais.
Para dizer a verdade, eu não sei bem traduzir o nome daquilo que ele faz, se alguém souber pode-me enviar um email se fizer favor.
O Pedro é irmão do anterior convidado Filipe Andrade, que disponibilizou a casa para a entrevista, e ao qual muito agradeço.
Assim que cheguei fui recebido com um abraço do Filipe, com o qual só estive uma vez, mas que sinto que é genuinamente "um gajo muita bacano", e é algo que tem em comum com o Pedro, outro "bacano".
Foi muito engraçado ver a diferença de percursos dos irmãos, o Filipe aos 11 anos decide que quer desenhar para a Marvel, e segue o seu caminho sem grandes dúvidas. O percurso do Pedro é não linear, com experiências em diferentes áreas, mas todas com aprendizagem, pois se quisermos aprender, há sempre uma lição.
O Pedro andou pela música, formou-se em Engenharia Mecânica, foi produtor musical, trabalhou em climatização, e agora está a trabalhar em composição, como director 2D.
Há um episódio muito interessante sobre como as coisas podem mudar, se estabelecermos objectivos, e planearmos como os atingir, que é como o Pedro decide aplicar-se nos estudos, faz uma folha de Excel com as cadeiras que lhe faltam fazer, e torna a cave da casa dos pais numa espécie de "batcave" , o sítio onde estuda e traça a sua rota em direcção ao término dos estudos.
Na minha experiência, quando sou claro nos objectivos, as coisas parecem acontecer mais rapidamente, e com menos stress. No entanto tenho dificuldade em traçar objectivos, apesar das provas na primeira pessoa de que funcionam, tudo porque a não-escolha é algo com que lido mal, isto é, fico sempre a pensar no que estou a deixar de fazer, em vez de focar no que escolhi fazer. Esqueço-me que tudo é uma escolha, mesmo escolher não-escolher, é em si mesmo uma escolha, contudo é uma escolha muito mais fraca, e com resultados bem caros em termos de paz de espírito.
O Pedro no entanto estabeleceu vários planos na sua vida, e foram esses planos que o motivaram, e o fizeram aguentar situações que lhe eram menos agradáveis, mas que foram um meio para atingir um fim. Grande lição, grande lição...
A conversa é longa, mas sem dúvida interessante, pois tem muita coisa que é para mim importante na minha busca através do Falar Criativo, procurar exemplos reais de coisas que sinto, e que defendo, o sermos eternos aprendizes, os diferentes caminhos para chegar à realização pessoal, e que não é obrigatório ter um canudo para se ser um dos melhores, é sim preciso Saber.
Livros falados no podcast:
- O Pedro falou em livros da Sophia de Mello Breyner Andresen.
- "1984" do George Orwell.
Filmes falados no podcast:

Monday Jan 18, 2016
Falar mais Criativo - episódio 24, Split the Cherry
Monday Jan 18, 2016
Monday Jan 18, 2016
Neste episódio, eu Rui Branco e a Anita Silva, falamos de mais uma técnica para gerar ideias, do livro do Michael Michalko "Thinker Toys", que já tínhamos falado no episódio 22, sobre outra técnica, o S.C.A.M.P.E.R..
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.
- O livro sugerido é o "Inside the Box" do Drew Boyd e do Jacob Goldenberg.

Monday Jan 11, 2016
episódio 113 - Ricardo Araújo Pereira
Monday Jan 11, 2016
Monday Jan 11, 2016
O convidado desta semana é o Ricardo Araújo Pereira, um dos mais conceituados e conhecidos humoristas portugueses.
O Ricardo é alguém que admiro bastante, e sou fã desde os tempos em que fazia sketches no programa "Perfeito Anormal", de tal forma que eu sabia de cor algumas dessas rábulas, como por exemplo "A minha vida dava um filme indiano".
No entanto, não era só como fã, o meu interesse em entrevistá-lo. O trabalho dele, o volume e a qualidade, são um exemplo máximo de criatividade, e algo que um curioso como eu gostaria de perceber, e penso que muitos dos ouvintes do podcast partilharão esse interesse.
Sabendo deste meu desejo, a Nídia Nobre, ouvinte do podcast, descobriu que o Ricardo iria falar numa gala de entrega de prémios, e disse-me que estava ali a minha oportunidade para o convidar a passar pelo Falar Criativo.
No dia dessa gala tive de pedir para fazer o meu horário seguido, sem pausa, para sair mais cedo, e conseguir ir lá. Chegado ao local, vi que estavam a colocar o microfone no Ricardo, e disse para comigo "Assim que lhe puserem o microfone, vais lá convidar". Bem dito bem feito, eu era um homem com uma missão. Abordei-o, e com a simpatia e educação que o caracterizam, acedeu a ser entrevistado, fazendo algumas perguntas sobre o podcast, e de que forma faríamos a entrevista. Deu-me o seu email, e eu, só aí tive uma enorme sensação de realização de missão cumprida.
Trocámos emails para combinar, e uma coisa que me deixou logo impressionado foi o facto de ele se ter oferecido para me ir buscar ao meu local de trabalho, uma vez que fizemos a entrevista nas duas horas que tenho de almoço.
E assim foi, no dia combinado foi-me buscar, e logo mostrou o seu humor, ao questionar-me se eu era o Rui, ou se estaria a colocar um estranho dentro do carro.
No caminho fui-lhe explicando o projecto, e fiquei a saber que já tinha ido ouvir alguns episódios, nomeadamente o da Susana Romana.
Tirámos a fotografia da praxe, na qual pareço um anão (ele é mesmo alto), e começámos a conversar.
Eu admito que estava nervoso, pois na preparação que fiz, encontrei muitas entrevistas, muitas interessantes, e pensei para comigo, que caminho escolher para não ser só mais uma, e de que forma conduziria a conversa.
A conversa fluiu, embora eu possa por vezes não ter sido tão paciente como já fui noutras entrevistas, e tenha sido mais participativo do que provavelmente seria desejável. Isto é, senti ao ouvir depois, que parecia haver em mim uma necessidade de que ele reconhecesse valor em mim, e nas minhas ideias e opiniões, eu queria ser visto por alguém que admiro. Todos nós já passámos por situações destas, mas é sempre bom tentar, e fazer melhor para a próxima.
Falámos da dificuldade que o "ser criativo" e ter ideias quando são precisas, das condições necessárias para as ideias surgirem poderem ser facilmente confundidas por nós e pelos outros como preguiça, ou "engonhar". O John Cleese explica muito bem esta questão neste video.
O Ricardo referiu questão da criatividade não ser algo exclusivo de certas pessoas, e não ser um talento, mas sim um modo de operar, uma disponibilidade de pensar de forma diferente, uma disponibilidade para brincar/jogar.
O saber dizer que não é algo que aconselho a prestarem atenção quando ouvirem o episódio, há dicas muito importantes, de alguém que soube dizer que não a várias propostas, até que surgiu aquela que era irrecusável. A maior parte de nós vai dizendo meios "sins", e na hora de dizer "SIM!", já não temos espaço, nem energia. Nessa nota aconselho isto.
Houve muita coisa que ficou por falar, mas ficou apontada uma segunda volta, e espero da próxima vez não ter a limitação da minha hora de almoço.
Sinto que talvez tenha alguma dificuldade em resumir neste texto o que aprendi, mas aprendi bastante, mas a coisa mais importante foi a de que ser famoso, e conhecido, não tem de significar distância, e arrogância. O Ricardo é um exemplo de alguém que está ao mais alto nível naquilo que faz, e continua a ser humilde, acessível e humano.
Livros sugeridos:
- "Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto" do Mário de Carvalho
- "The Annotated Alice" do Martin Gardner
Livros referidos:

Monday Jan 04, 2016
Falar mais Criativo - episódio 23, Plano Criativo 2016
Monday Jan 04, 2016
Monday Jan 04, 2016
Neste episódio, eu Rui Branco e a Anita Silva, damos uma ajuda para um 2016 mais criativo, através de novas formas de olhar para planos e objectivos.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.
O site sugerido é o Sketch a Day.
Monday Dec 28, 2015
episódio 112 - Ana Albuquerque
Monday Dec 28, 2015
Monday Dec 28, 2015
A convidada desta semana é a Ana Albuquerque que conheci no colégio da minha filha, tendo me sido apresentada como "alguém que devias conhecer e entrevistar".
Assim foi, conhecia-a, e depois combinámos a entrevista.
No dia combinado, fui ter à casa da Ana, ela quis saber mais sobre o Falar Criativo, e pusemo-nos à conversa, de tal maneira que acabou-e o tempo que ambos tínhamos disponível e nada de entrevista, zero gravação.
A Ana até ficou um pouco sem jeito de termos passado aquele tempo todo à conversa, uma hora e meia, e termos de combinar para outro dia. Felizmente, ambos tínhamos um bocado disponível no dia seguinte, e conseguimos gravar.
Falámos do seu percurso, mas talvez menos desse assunto do que é habitual eu falar nestas minhas conversas, e centrei-me mais no processo, e o que pretende a Ana transmitir com aquilo que faz.
É a segunda convidada que tenho ligada à joalharia, a primeira foi a Leonor Hipólito, que tem até hoje o maior número de downloads do Falar Criativo até hoje, mais de 800. Falo na Leonor, também porque a Ana a conhece.
As jóias são objectos muito pessoais, com os quais normalmente há relação próxima, mais ostensiva nalguns casos, e bem discreta noutros. Eu entendo a jóia como um adorno para ocasiões especiais, e algo que para fazer sentido deve ser de grande valor, deverá ser embuida da carga que se pretende transmitir quando se usa.
A Ana falou numa questão que fez muito sentido para mim, mas algo que nunca reflecti muito, que é os objectos terem uma carga, uma energia, uma identidade que vai para além da sua materialidade, isto é, um objecto que mesmo que eu o desfaça em pedaços vai sempre carregar uma história daquilo que foi, dos lugares por onde passou, as pessoas que foram tocadas por eles... Sou pessoa de me apegar aos objectos, guardo t-shirts da minha adolescência, tenho dificuldade em separar-me de livros, porque para mim, eles são aquilo que se passou, aquilo que vivi. No entanto eles serão sempre apenas uma parte, um lembrete, nunca serão o todo da experiência, isso, não volta.