Episodes

Thursday Aug 06, 2015
Falar mais Criativo - episódio 7, participação
Thursday Aug 06, 2015
Thursday Aug 06, 2015
Este é o episódio sete de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é participação, e a importância que tem no papel que todos temos na sociedade e no mundo.
- A TED Talk que a Anita refere é do Dave Meslin, o Antídoto para a Apatia.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Aug 03, 2015
episódio 93 - Joana Brígido e João Remondes
Monday Aug 03, 2015
Monday Aug 03, 2015
Os convidados desta semana são a Joana Brígido e o João Remondes, as pessoas que estão à frente da Toyno.
O episódio é longo, não tão longo como o do Tiago Nunes, o azelha que escreve este texto não verificou a capacidade do cartão do gravador, e a meio da entrevista, acabou o cartão e tive de apagar outros ficheiros. Mas acho que nem se nota.
Gosto da Toyno. Dos produtos que fazem, das pessoas que fazem parte da empresa, gosto da ousadia de ser pequeno e internacional, da ideia de ter um material simples como o cartão e transformá-lo em algo mais, um acto "divino" de transformar a água em vinho.
Tudo surgiu de uma ideia para um presente de Natal, e hoje em dia está por esse mundo fora, a Joana e o Rui Quinta, perceberam que aquilo podia ser mais, e fizeram com que assim fosse.
O tal momento eureka, é necessário, porém se não for sustentado por trabalho anterior e/ou trabalho posterior, nada mais é do que neurónios a fazer uma festa.
Eu vejo por mim, que os meus neurónios se divertem à brava, mas muitas vezes, o resto do corpo não está para isso, e vivo intensamente as ideias dentro destes 3 litros entre as minhas orelhas que são a minha cabeça.
Há coisas que são mais chatas no ter uma empresa, no ter de um negócio, no caso da Toyno e de outras pequenas empresas, existe a necessidade da maior parte das pessoas fazer mais do que uma coisa, tal como embalar produto, e ter paralelamente a responsabilidade de gerir. No caso das empresas grandes, as dores de cabeça serão outras, que necessariamente vêm com uma menor agilidade para a adaptação a novas realidades, e um pequeno deslize poder siginifcar milhões de perdas, e com isso muitos postos de trabalho.
Relativamente ao trabalho, há que salientar duas questões, que são a necessidade de empresas como a Toyno trabalharem com freelancers, e não com grandes equipas fixas, e a boa disposição que se sente, que não é incompatível com cumprimento de prazos e trabalho de grande qualidade.
Para os freelancers há por vezes a insegurança de não saber quando voltarão a ter trabalho, mas há também o desafio de conhecer várias realidades, e com isso crescer.
Para as empresas que os contratam há a mais valia de ter ideias novas vindas de fora, outra perspectiva, mas há a dificuldade de muitas das vezes segurar talento que vão encontrando e que gostariam de poder pagar para ter consigo numa base mais regular.
Sugestão de livro da Joana.
Sugestões de livros do João.

Monday Jul 27, 2015
episódio 92 - Susana Martins
Monday Jul 27, 2015
Monday Jul 27, 2015
A convidada desta semana é a Susana Martins, fotógrafa sub-aquática e também fora de água, criadora de uma marca de t-shirts, a Grow Gills, relacionada com mergulho, tudo isto no seu tempo livre, pois o seu emprego é ser analista.
O conheço a Susana há muitos anos, tal como a irmã, a anterior convidada Rita Martins, é prima de uma grande amiga minha, porém não tinha a noção da profissão dela, vou sim acompanhando os projectos que faz para além do seu emprego, pois são esses que ela partilha no Facebook.
Eu já andei com ideias de lançar uma marca de t-shirts, e na altura conversei com a Susana, que tinha lançado havia pouco tempo a Grow Gills, e apercebi-me que não é só imprimir umas camisolas e começar a vender.
Comecei a acompanhar com interesse as fotografias sub-aquáticas que ela ia partilhando, e chamou-me à atenção ainda mais o facto de uma fotografia dela ter feito parte de uma exposição no Smithsonian, e tempos mais tarde fez uma exposição de fotografia e publicou um livro, também de fotografia.
Eu achei que teria de falar com ela, para perceber um pouco melhor, como se faz tanta coisa, e porque é que se faz tanta coisa.
Eu sou daquelas pessoas que achava que só a tempo inteiro se consegue fazer alguma coisa, porém começo a encontrar exemplos atrás de exemplos, de pessoas que gota a gota, ou grão a grão, conseguem realizar os mais variados projectos.
Vejo também por mim que mesmo no tempo inteiro, é o comparecer todos os dias, ou com a regularidade que conseguirmos, que produz resultados, é a consistência, mais do que o tempo só por si.
Por vezes apetece-me andar a saltar de projecto em projecto, deixando uns começados, outros por acabar, mas é até a atitude de dizer presente que faz com que os projectos cheguem a bom porto.
A Susana também gosta de muita coisa, e claro que gostaria de mergulhar de cabeça nos projectos, mas isso não a impede de ir navegando serenamente nas coisa que a entusiasmam um pouco de cada vez, com a segurança que o emprego lhe traz, mas sempre com a motivação que cada dia, cada hora que investe, a deixam mais perto de onde quer chegar.

Friday Jul 24, 2015
Falar mais Criativo - episódio 6, Clown
Friday Jul 24, 2015
Friday Jul 24, 2015
Este é o sexto episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é a arte do Clown, e de que forma podemos usar como ferramenta para o processo criativo.
- O livro sugerido é precisamente "El Clown, navegante de las emociones" de Jesus Jara.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Jul 20, 2015
episódio 91 - Bernardo Carvalho
Monday Jul 20, 2015
Monday Jul 20, 2015
O convidado desta semana é o Bernardo Carvalho, ilustrador, que surgiu em conversa quando falei com o Tomaz Viana, como sendo o seu mestre do surf.
Engraçada esta coisa do mestre, pois quando conversei com o Bernardo, a questão da mestria veio à conversa, no sentido em que o curso de desenho que tirou na Sociedade Nacional de Belas Artes, tinha muito de saber olhar, de memória visual, mas muita repetição, não há talentos naturais, há dedicação. Se houver uma inclinação natural, a vontade irá estar associada, porém para chegarmos mais longe temos de continuar, insistir, mesmo quando não está a correr muito bem, e não apetece.
Gostei mesmo de conversar com ele, este foi daqueles convidados que cheguei todo entusiasmado a casa, a contar isto e aquilo da conversa, a dizer que era "gajo muito fixe", e que me fez querer voltar a desenhar. Não que ache que estou ao nível dele, mas a postura de ter pica, para atacar os desenhos, o divertir-se a desenhar, isso quero voltar a ter, e percebo que foi o não continuar a desenhar tanto como desenhava que me fez regredir.
Quando me confrontei com pessoas que desenhavam melhor do que eu, não tive a coragem de perceber como é que posso desenhar assim, mas encolhi-me e preferi fazer-me de vítima, deixando o desenho para o lado. Não o abandonei, mas passei a encará-lo apenas como uma ferramenta para me explicar enquanto arquitecto, e como ferramenta de entendimento de questões mais complexas.
Claro que o desenho pode ser também isso, serviu-me bastante, mas o gosto de riscar, de experimentar canetas novas, lápis, estrear cadernos, foi ficando para trás e com ele muito do que fazia feliz.
A minha felicidade não passa somente pelo desenho, mas ajuda a aumentá-la.
A felicidade do Bernardo passa muito pelo desenho, mas também pelo surf, tanto é que uma das formas que tem de estruturar a sua semana é a de saber como vão estar as marés, e se vão haver ondas no sítio onde costuma surfar.
Gostei de o ouvir falar do surf, de como é importante para ele, sem com isso deixar de ser cumpridor, como ele próprio se considera.
Vivemos muito numa mentalidade de sim ou não, preto ou branco, "se faz surf com fartura não trabalha", "se dorme muito não produz", e cada vez mais tenho exemplos de que é no fazer aquilo que nos motiva que arranjamos as forças para aqueles dias em que não vai apetecer, mas que vamos continuar a fazer, sabendo que no dia seguinte ou até na semana seguinte, teremos superado mais um desafio e estamos mais fortes.
- O livro sugerido é o Stoner do John Edward Williams.

Thursday Jul 16, 2015
Falar mais Criativo - episódio 5, os seis chapéus do pensamento
Thursday Jul 16, 2015
Thursday Jul 16, 2015
Este é o quinto episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que são os Seis Chapéus do Pensamento do Edward de Bono.
- O livro sugerido é o precisamente "Os Seis Chapéus do Pensamento" do Edward de Bono.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Jul 13, 2015
episódio 90 DJ Johnny
Monday Jul 13, 2015
Monday Jul 13, 2015
O convidado desta semana é DJ Johnny, que me foi sugerido pelo anterior convidado Ricardo José Lopes, e que também já tinha surgido durante a conversa que tive com o Vitor Belanciano, pois o Johnny foi um dos membros fundadores da Cooltrain Crew.
O Johnny não estava por Portugal quando o Ricardo me falou nisso, mas que viria brevemente. Contactei o Johnny via Facebook, para saber quando chegaria, e se estaria disponível para a entrevista, e quando chegou passou-me o número de telemóvel dele para combinarmos. Achei engraçado que nesse primeiro telefonema, me disse para ir ter com ele ao Quiosque da Ribeira das Naus ( onde estaria a passar música ) para "quebrar o gelo". Foi a primeira vez que um convidado me quis conhecer antes da conversa, mas depois de estar com ele dessa vez, e depois na entrevista, pareceu-me que embora o Johnny seja muito boa onda e cool, é reservado, e o primeiro contacto permitiu que aquando da entrevista ele tenha falado mais, do que se esse primeiro contacto não tivesse existido.
A conversa foi muito centrada na música como seria de esperar, mas foi uma conversa com um apaixonado pela música, mais do que com alguém que vive do passar música, ou misturar música, o Johnny refere vários nomes de músicas, de álbuns, associando discos a alturas da sua vida, quase como postes que vão servindo de referência cronológica.
Existe um respeito enorme dele pelos músicos, e embora viva da música não quer ser considerado músico, pelo esse mesmo respeito que tem.
Fui re-ouvir o Jazzmatazz do Guru, pois o Johnny refere a importância deste albúm, e achei interessante haver uma música que ouvi bastantes vezes, o "No Time To Play", que ao mesmo tempo relacionei com o percurso dele, um percurso de muito esforço, de muitas horas, de noites mal dormidas, quase "sem tempo para brincar", e foi uma das coisas que mais marcou da nossa conversa, foi essa responsabilidade por um trabalho bem feito, e o ter a consciência de que para fazermos o que gostamos há que colocar amor e capacidade de trabalho, "Love and Hard Work".
Livro sugerido é o Notes of a native son do James Baldwin.

Thursday Jul 09, 2015
Falar mais Criativo - episódio 4, Educação não formal
Thursday Jul 09, 2015
Thursday Jul 09, 2015
Este é o quarto episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é a EDUCAÇÃO NÃO FORMAL, e assim acabamos por explicar também o que é educação formal, e educação informal.
- O livro sugerido é o The Artist's Way da Julia Cameron.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Tuesday Jul 07, 2015
episódio 89 Mário Belém
Tuesday Jul 07, 2015
Tuesday Jul 07, 2015
O quinto e último convidado desta semana especial dedicada ao Muraliza, Festival de Arte Mural de Cascais, é o Mário Belém.
Foi uma bela maneira de terminar o especial Muraliza, o Mário era um artista que eu já gostava de ter entrevistado, mas havia alguma resistência em mim que eu não entendia.
Percebi quando o estudei mais a fundo para preparar a entrevista, e mais ainda quando o entrevistei, que a resistência não era mais que uma inveja, mas uma inveja boa, no sentido de "ele já está onde eu gostava de estar".
É um artista reconhecido pelos seus pares, e pelo público em geral, uma vez que o seu trabalho a um nível mais superficial é "fofinho", como lhe digo durante a nossa conversa, uma linguagem muito próxima da ilustração infantil, mas que tem mais camadas, é mais complexa, tem mensagens subtis que fazem com que a maior parte das pessoas "tropece" nas suas certezas, mas nada de muito violento que as faça cair.
Há um lado muito descontraído na sua maneira de estar, uma tranquilidade que suponho vir desta sua alegria de brincar de forma séria com os materiais, tal como uma criança que experimenta os lápis de cor, a plasticina, os recortes, mas com a maturidade que os 38 anos trazem.
Tal como o Diogo (Add Fuel), o Mário é uma pessoa organizada que trabalha as suas 6 a 8 horas por dia, que tem serão sem trabalhar, que faz por almoçar com a namorada na praia, que faz bodyboard, mas que não deixa de acrescentar valor, e não deixa de ser produtivo, basta seguir aquilo que ele faz para perceber que não dorme em serviço.
Achei engraçado falarmos em dores de crescimento, na passagem do computador para as paredes, em que há de facto um crescer em termos de maneira de olhar, mas também um lado físico que tem a ver com o ter de desenhar um círculo com 2 metros em vez de fazer um pequeno círculo com o rato.
A fotografia que está aqui em cima mostra aquilo que se sente quando se contacta com o Mário, que estamos com alguém que voltou a encontrar uma profunda alegria em brincar com a plasticina.
Livros sugeridos

Monday Jul 06, 2015
episódio 88 Diogo Machado aka AddFuel
Monday Jul 06, 2015
Monday Jul 06, 2015
O quarto convidado desta semana especial dedicada ao Muraliza, Festival de Arte Mural de Cascais, é o Diogo Machado aka Add Fuel.
O Diogo é um artista que já queria ter entrevistado, mas fui adiando, até que surgiu a bela oportunidade de o "apanhar" durante esta série especial do Muraliza 2015.
O trabalho dele foi-me aparecendo na frente das mais variadas formas, e percebi desde logo que era um artista com um trabalho muito mais profundo do que possa parecer, e não ser apenas "um gajo que pintas azulejos em caixas de electricidade".
Neste aspecto, durante a entrevista referi-lhe o facto de achar que o universo que ele representa, é para mim comparável ao trabalho de um Tim Burton ou um J. R. R. Tolkien, no sentido em que existe uma série de personagens, de cenários que vão construindo um mundo próprio, um mundo imaginado por ele, e que os trabalhos são como que fotografias, ou janelas para esse mundo.
Uma coisa que percebi, foi que o trabalho dele é sólido, porque ele como artista já está num patamar em que só chegam os grandes artistas, que arranjam processos, que tem a disciplina necessária para ser grandes e se manter lá.
Enquanto somos jovens muitos de nós conseguimos compensar a falta de processo, de sistema, de organização, e de disciplina, usando a energia que temos, dormindo apenas duas horas por noite, porque a idade assim o permite. Porém mesmo que consigamos aguentar durante algum tempo este castelo de cartas, eventualmente ele acaba por ruir, pois a solidez é construída da base, da fundação para cima, e é isso que o processo, os sistemas, a organização, e a disciplina têm um papel fundamental, são essa plataforma sólida na qual podemos subir e ver mais longe.
Assim o meu conselho para mim, neste momento, e para a minha versão de vinte anos, é:
"Organiza-te, estuda a tua maneira estares no teu melhor, cria um sistema, e disciplina-te, para que nos dias que não apetece, sabes exactamente o que deves fazer, e assim não viverás no arrependimento daquilo que podias ter feito, e daquilo que podias ter sido."
Ah, e como nota final, nunca é tarde, mas começar hoje é sempre melhor do que amanhã.
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