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Friday Jul 03, 2015
episódio 87 Frederico Soares Campos aka Draw
Friday Jul 03, 2015
Friday Jul 03, 2015
O terceiro convidado desta semana especial dedicada ao Muraliza, Festival de Arte Mural de Cascais, é o Frederico Soares Campos aka Draw.
O Frederico estava algo atrasado na sua parede quando fomos tratar da entrevista, foi notória desde o início a sua preocupação com o que realmente interessa, e percebo perfeitamente que ter um gajo d'óculos a querer saber de processos criativos, não seria a coisa mais importante naquele momento.
Apesar disso houve momentos em que consegui sentir alguma ligação com ele, ligação essa que é importante para mim ter com as pessoas que entrevisto, pois assim conseguirei tirar mais informação para mim, e posteriormente para quem ouve.
Mais um jovem arquitecto como o Samina, mas do Porto como o Third, com o qual também partilha o facto de fazer parte do Colectivo Rua.
Quando acabei a entrevista, aquilo que me veio logo à cabeça foi como uma comparação entre mim e estes dois jovens, Samina e Draw, no sentido em que também sou arquitecto, mas eu ao contrário deles encarei o curso de arquitectura, e o ser arquitecto como um fim em si mesmo. Eles não, tiraram o curso mas exploraram aquilo que sempre os acompanhou, a arte, o desenho e a rua.
Não me quero comparar com eles ao nível artístico, mas é bom para mim perceber que mais importante do que um curso como destino final, é importante continuar a andar movidos por aquilo que nos faz felizes e realiza.
Livros sugeridos

Thursday Jul 02, 2015
episódio 86 Nuno Palhas aka Third
Thursday Jul 02, 2015
Thursday Jul 02, 2015
O segundo convidado desta semana especial dedicada ao Muraliza, Festival de Arte Mural de Cascais, é o Nuno Palhas aka Third.
A entrevista foi pouco tempo depois da entrevista do João Samina, e eu estava com receio da minha capacidade de entrevistar não tivesse sido reposta, porém assim que começamos a falar, percebo que o Nuno tem muito para dizer, e eu muito para aprender com ele, e a coisa acaba por fluir bastante bem.
O percurso dele, como ele diz é pautado por diversas paixões, que tem em comum o desenho, sempre o desenho, que faz com que se divida entre a ilustração, a street art, a modelação 3D, o design têxtil, e mais coisas, caso lhe despertem o interesse.
Disse-me uma coisa que por vezes me esqueço, mas que é realmente uma verdade:
"Quando estamos no início de uma coisa vamos ser todos fracos."
Quando começamos, se começarmos com essa mentalidade, que os prodígios e talentos naturais são muito raros, e que a maior parte daqueles que admiramos, também eles já foram medíocres, e que é a determinação e o trabalho continuado que fazem os grandes artistas.
A melhor promoção que se pode fazer do nosso trabalho, segundo o Nuno, é dando o máximo em tudo o que fazes, como dizia o Fernando Pessoa "Põe quanto és no mínimo que fazes", e muitas vezes culpamos (eu sofro deste mal) factores externos para não estarmos onde gostaríamos de estar, mas se pusermos a mão na consciência, sabemos que não subimos todos os degraus necessários para lá chegar.
O Nuno, vive de e para a sua arte, aquilo que o faz feliz, e é com essa felicidade que vem tudo o resto.
Livros sugeridos

Thursday Jul 02, 2015
Falar mais Criativo - episódio 03, Generatividade
Thursday Jul 02, 2015
Thursday Jul 02, 2015
Este é o terceiro episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é a GENERATIVIDADE, e de que forma todos podemos usar esta ferramenta.
- O livro sugerido é o The Big Book of Creativity Games do Robert Epstein.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Wednesday Jul 01, 2015
episódio 85 João Samina
Wednesday Jul 01, 2015
Wednesday Jul 01, 2015
O primeiro convidado desta semana especial dedicada ao Muraliza, Festival de Arte Mural de Cascais, é o João Samina.
O Samina foi o primeiro a ser entrevistado, porque foi o primeiro a marcar a data da sua entrevista, não houve da minha parte nenhuma lógica na sequência que as entrevistas teriam.
Até a Lara nos ter posto em contacto, admito que não o conhecia, embora me tenha apercebido quando fiz alguma pesquisa sobre ele, que o trabalho dele não me era desconhecido.
Fiquei surpreendido pela maturidade que demonstra como artista, e como pessoa, para alguém que apenas tem 25 anos. Pareceu-me um artista que não tem receio de experimentar que tem a coragem de fazer o que gosta, pois tem o curso de arquitectura e não exerce.
Tenho cada vez mais respeito pelos street artists, sendo o Samina um dos exemplos, pois a colaboração entre eles, o usar de diferentes escalas para os seus trabalhos, pois nem só de paredes vive a sua obra, a curiosidade de experimentar técnicas diferentes, de saborear os sucessos de outros artistas, são coisas que me parecem mostrar que o futuro da arte passa mesmo pela versão de rua.
Também gostei de ver a atitude de ir traçando um caminho, de ir validando através de vários marcos no seu caminho, que era por aqui, pela sua arte que estava o seu caminho.
- Livro sugerido, Banksy, Wall and Piece.
- Disco sugerido, Jungle dos Jungle.

Thursday Jun 25, 2015
Falar mais Criativo - episódio 02, Inovação
Thursday Jun 25, 2015
Thursday Jun 25, 2015
Este é o segundo episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é a INOVAÇÃO, e de que forma todos podemos inovar.
- O livro sugerido é o Não Faço Ideia do Vasco Durão e o The Big Book of Creativity Games do Robert Epstein.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Jun 22, 2015
episódio 84 Ricardo José Lopes
Monday Jun 22, 2015
Monday Jun 22, 2015
O convidado desta semana é o Ricardo José Lopes, que conheci nas "Design Thinking Flash Sessions" organizadas pelo Rui Quinta e Tiago Nunes da With Company, anteriores convidados do podcast.
Quando nos conhecemos falou-se que eu tinha um podcast, e surgiu na conversa o artigo do Vitor Belanciano, "A mentira da Criatividade", que ele disse conhecer pois também faz parte da Cooltrain Crew.
Ficámos em contacto, e ele sugeriu-me vários convidados, e eu decidi perguntar-lhe se ele próprio não gostaria de ser convidado. Disse que sim, marcámos um dia, e aí fui eu a Lisboa ter com ele, o primeiro local combinado, estava a fechar e fomos ao Landeau chocolate no Chiado. Algum barulho de fundo que sujou de alguma forma a conversa, mas nada em demasia.
Comemos um belo bolinho, e fomos conversando.
O Ricardo tem um percurso cheio de coisas que fez acontecer, ideias que surgiram, e vamos lá torná-las realidade, sempre com uma vontade de fazer bem, e acreditando sempre que era possível, e que iria correr pelo melhor.
Não me é fácil ver os projectos desta forma, ponho sempre tudo em causa, e o insucesso é aquilo que tenho garantido, tudo o que vier já não é mau.
Percebo que me saboto muitas vezes, que o medo me impede de apontar mais alto, e que se os resultados não têm tanto impacto, é apenas porque aponto demasiado baixo.
Não quero dizer que me deveria tornar numa besta arrogante que nunca tem dúvidas e que o sucesso é garantido, é sim acreditar naquilo que quero atingir, e aplicar todas as minhas capacidades nesse sentido, e se falhar, ter pelo menos a certeza que fiz tudo o que estava ao meu alcance.
As Lisbon Living Room Sessions, são um bom exemplo de uma ideia que surge porque o Ricardo não encontrava resposta a algo que gostaria de experienciar. Agiu, entrou em contacto com patrocínios, pensou como tornar realidade para ele e para outros, algo que sentiu como falha.
Parece fácil, visto de fora, mas só quem nunca se meteu numa coisa destas poderá pensar que é fácil, ou então que é fácil para o Ricardo, e que para si seria sempre mais difícil.
Como dizia o Henry Ford, "Quer acredites que consegues, quer acredites que não, tens sempre razão".
- Livros sugeridos "Its Our Turn Eat" e "Emergency Sex".

Thursday Jun 18, 2015
Falar mais Criativo - episódio 01, Criatividade
Thursday Jun 18, 2015
Thursday Jun 18, 2015
Este é o primeiro episódio de um extra para o Falar Criativo, o falar mais criativo.
Tentaremos dissecar vários conceitos ligados à criatividade.
Neste episódio, eu Rui Branco, e a Anita Silva, tentamos explicar o que é a criatividade, e de que forma todos podemos ser mais criativos.
- O livro sugerido é o Creativamente de Diego Parra Duque.
Dúvidas ou sugestões, rui@falarcriativo.com ou emaildamais@gmail.com.

Monday Jun 15, 2015
episódio especial - Óniversário, em Óbidos
Monday Jun 15, 2015
Monday Jun 15, 2015
No dia 13 de Junho fui a Óbidos, ao espaço Ó, fazer uma mesa "podcastável" redonda, sobre o dito espaço, o que é, o que é que Óbidos tem a ver com a criatividade, e o valor que repensar algo tradicional pode ter.
Os participantes foram a Celeste Afonso, vereadora da Câmara Municipal, o Pedro Reis do Colab, e o Nic Mepham, artista plástico. No fim tivemos a participação em forma de fecho do presidente da Câmara, Humberto Marques.
Uma conversa diferente, a lembrar os Encontros com o Património da TSF, mas que manteve muitas das coisas que fazem o Falar Criativo, o passar das ideias à acção, e de que forma podemos capacitar as pessoas a gerar valor, e não ser meros consumidores de empregos.
Gostei da viagem que fiz, da experiência diferente de moderar uma conversa, e de ter um podcast parcialmente em inglês, algo talvez a repetir.

Monday Jun 15, 2015
episódio 83 Tamara Alves
Monday Jun 15, 2015
Monday Jun 15, 2015
A convidada desta semana é a Tamara Alves, urban artist, ilustradora, tatuadora, alguém que encontrou algo que ama fazer.
O desenho é sem dúvida uma ferramenta muito importante para ela, de tal forma que foi para ela uma surpresa encontrar artistas que não desenhavam quando fez o curso na ESAD das Caldas da Rainha. Gosto bastante dos desenhos, de um lado cru, de instinto que os desenhos têm, de como já a ouvi dizer "pôr o coração cá para fora".
A Tamara surgiu como sugestão da Lara Seixo Rodrigues, e assim que vi o seu trabalho, percebi que teria de falar com ela. (Aproveito para agradecer à Lara a cedência do espaço para a entrevista, disse-me logo que sim. Lara és a maior.)
Pessoa muito simpática, sem adereços de personalidade, isto é, não senti nenhum tipo barreira, de tentativa de ser outra coisa do que aquilo que ela é. Agora que escrevi isto, percebi a relação com a verdade do trabalho da Tamara, há coerência entre aquilo que faz e aquilo que é, daí ser tão bom.
Houve muita coisa da entrevista que retive, mas gostava apenas de salientar dois pontos, que simplesmente não me têm largado o pensamento desde o dia da entrevista.
O primeiro é o lado de lutar por aquilo que gosta de fazer, sabendo que desde que haja um tecto e comida na mesa, estamos bem, e isso é mais fácil do que aquilo que pensamos. A maior parte de nós, tem é uma bitola muito alta, e ficamos prisioneiros de um salário mais alto, porque ter o último telemóvel, ou comer carne e peixe todos os dias se torna indispensável.
Dentro ainda deste ponto, referir o lado de comunidade, de porto de abrigo, quando a Tamara se despediu e uma amiga lhe diz "quem faz para um, faz para dois". Mais uma vez, estamos bem.
O outro ponto que me marcou, foi esse lado quase obsessivo, e de também estabelecer um esqueleto, uma estrutura de pensamento, usando o livro do Allen Ginsberg, o Uivo e outros poemas, lendo-o, relendo-o e até reescrevendo à mão.
Há livros que me marcaram, e penso que se os tivesse levado a esse extremo, a vida poderia ter-se tornado mais simples, uma vez que em caso de dúvida, a nossa visão do mundo é mais clara, com menos ruído e confusão.
Não quero dizer com isto, que nos tornemos escravos de uma coerência fundada em pura teimosia, mas sim ter uma estrutura que pode ser revestida das mais diversas formas, que se pode acrescentar, ou retirar, que se move com as ondas, mas que se move em uníssono, e não um monte de fragmentos que andam à deriva no oceano dos dias.
- livros sugeridos: Uivo e Outros Poemas do Allen Ginsberg e Lunario do Al Berto.

Monday Jun 08, 2015
episódio 82 Tomaz Viana
Monday Jun 08, 2015
Monday Jun 08, 2015
O convidado desta semana é o Tomaz Viana, um designer maker, que é algo de definição difícil, até para a organização de designermakers em Inglaterra, mas sabendo inglês o suficiente, percebemos que é alguém que desenha e faz, que tem um lado artesão, aliado a um lado mais conceptual. Poderíamos, segundo o priberam traduzir para artífice, uma vez que a definição engloba o artesão, o criador, autor e inventor.
A maneira como tomei contacto com o trabalho do Tomaz, estou eu convencido, que foi através de uma partilha do Bernardo Barata, amigo comum, ou de outra convidada, a Joana Barra Vaz, que também é amiga do Tomaz.
Quando li na página dele, "designer maker" e vi os trabalhos, percebi que este lado mão na massa, aliado a um lado mais artístico, condimentado com mestria e pragmatismo, seria um ponto de partida interessante para conversar com ele.
Feito o convite, o Tomaz aceitou, e como moramos perto, a conversa foi cá em casa.
Falámos de todas estas questões da definição do que ele faz, o como faz, a sua relutância em considerar-se artista, e abordámos o seu percurso de experimentação, não-linear, mas de procura de algo que ele acredita, que vai sentindo ser o seu caminho, de criar peças de autor, valorizadas tal como outras criações mais artísticas, como por exemplo uma escultura, uma peça de joalharia.
Existe a perfeita noção que ele deveria crescer como marca, como alguém que tem uma maneira própria de estar no desenvolvimento de peças únicas que são bem construídas, resolvem uma questão funcional, e são muito bem desenhadas.
Mas tal como o material que normalmente trabalha, a madeira, o Tomaz sente que é preciso tempo...tempo que todo o processo criativo precisa, tudo o que tem valor adicionado necessita, até nós como seres humanos, como "works in progress" que somos.
- Livro sugerido sobre mobiliário, "Furniture for The XXI Century" da Betty Norbury.