Episodes

Monday Jun 01, 2015
episódio 81 Christina Quest
Monday Jun 01, 2015
Monday Jun 01, 2015
A convidada desta semana é a Christina Quest, música e criadora do movimento Rock À Lady.
Eu conheci a Christina através da outra Cristina, a Nobre Soares, um dia que houve meet-up do Colab at Art, e aí depois de falarmos sobre várias coisas, convidei-a para a entrevista e ela prontamente acedeu.
A Christina é música, vive da música porque decidiu viver disso, pois há uns anos trabalhava noutra área onde ganhava muito dinheiro, e escolheu passar a ganhar menos durante algum tempo para se dedicar de corpo e alma ao que gosta de fazer, mas anos mais tarde já ganhava com a sua paixão o que ganhava anteriormente numa coisa que não lhe agradava tanto.
Disse-me que gosta de dinheiro, mas não de forma apegada nem coloca no dinheiro uma carga que ele não tem, algo que eu nos últimos tempos fiz, e percebi que não é de facto o caminho.
Não será só o dinheiro, percebo agora, que em tudo o que fazemos ou queremos vir a fazer, devemos colocar esse elemento de paixão, mas paixão desapegada, todos os dias, ou com a frequência que nos for possível, trabalhar naquilo que queremos, sem contudo exigir que as coisas se realizem da forma exacta que ambicionamos, deixando espaço ao imprevisto, ao surpreendente e até espaço para gozar a viagem até ao nosso objectivo.
A Christina começou este processo de crescimento humano há vários anos, não é algo que se vejam resultados gigantes em pouco tempo, mais uma vez vejo por mim, que já estou muito à frente de onde comecei com o Falar Criativo, porém andei umas semanas pior quando me foquei no que ainda faltava e me esqueci daquilo que já andei.
Esta conversa, e mesmo o episódio pode parecer nalguns pontos e para algumas pessoas um pouco "wu-wu", mas a verdade é mesmo esta a energia que colocamos nas coisas deve ser uma energia de gozo, de coragem de sermos autênticos, uma energia de gratidão. Não pretendo converter ninguém ao lado mais positivo do que é trabalhar naquilo que se gosta e viver disso, todos nós estamos a fazer um caminho, a velocidades diferentes, não comparemos nem objectivos nem maneiras de lá chegar, mas todos devemos gozar a viagem.
“It is more important to know where you are going than to get there quickly. Do not mistake activity for achievement.
Remember that there is nothing stable in human affairs, therefore avoid undue elation in prosperity or undue depression in adversity.”
Isocrates
- O site da Christina.
- O site que a Christina falou, Mind Valley.

Monday May 25, 2015
episódio 80 Catarina Catarino
Monday May 25, 2015
Monday May 25, 2015
A convidada desta semana é a Catarina Catarino, a qual tomei contacto através de um grupo que ambos fazemos parte, grupo esse em que somos (pelo que sei) os dois únicos portugueses.
Chamou-me à atenção estar mais um português, neste caso uma portuguesa, naquele grupo, pois faço parte de outros grupos do género e não é comum encontrar lá almas lusas.
Investiguei o que a Catarina fazia, e apercebi-me que estava na área da nutrição, postura e movimento, áreas que bastante me interessam, mas acima de tudo quis falar com ela pela abordagem que ela tem do assunto.
Estando sediada na Madeira, e sendo portuguesa, isso não a impediu de ter a coragem de ver o mundo como possível mercado, pois através do Skype e o site em inglês, a localização e a língua deixaram de ser impedimento.
A criatividade para mim, como as pessoas que seguem o podcast já sabem, passa por muita coisa, e está presente em quase tudo, seja na forma como nos mexemos seja na forma como comemos.
Muitos de nós, quando a pressão aumenta, deixamos de fazer aquilo que nos colocou em posição de fazer bem, passamos a comer a primeira coisa que nos aparece à frente (de preferência cheia de açúcar), e normalmente à pressa. A questão é que nós somos mente e corpo, e atrevo-me a dizer que as ideias, e aquilo que fazemos com elas, passa também pela maneira como nos alimentamos e como nos mexemos. A falta de energia para fazer, ou uma letargia mental, que nos inibe de estarmos no nosso melhor para produzir algo de valor, é muitas vezes parte de um ciclo que começa numa sobrecarga, que resulta em más posturas, falta de exercício e o recurso a comidas que no deêm um ganho calórico rápido, mas que logo de seguida se esgota e deixa mais mazelas que benefícios. Até podemos conseguir "enganar" o corpo durante algum tempo e "espremer-lhe" ideias de valor, mas é um caminho que cedo acaba e nos faz embater numa parede.
Essa parede pode ser um esgotamento, uma gordura abdominal que teima em não desaparecer, uma forte dor nas costas que nos acompanha todo o dia, e tudo porque não fomos ouvindo os sinais do corpo, e achamos que a mente controla tudo, e que "é só mais um bocadinho".
Eu por mim falo, pois quando as coisas para fazer são mais que o tempo para as fazer, a tendência natural é largar o tempo "perdido" como exercício, e comer qualquer coisa rápida, e os doces passam a puxar por mim como um remoinho que leva tudo para o fundo.
Mas por mim também falo que se resisto ao pensamento inicial de ceder à pressão, o resultado é bem superior, mais sustentado, pois consigo fazê-lo de forma mais regular.
Como a Catarina diz, a digestão é importante, seja comida ou informação, e para digerir é preciso tempo.
- Livros sugeridos do Marc David, Slow Down Diet e Nourishing Wisdom.

Monday May 18, 2015
episódio 79 Vitor Belanciano
Monday May 18, 2015
Monday May 18, 2015
O convidado desta semana é o Vitor Belanciano, crítico de música, cronista no jornal Público, mas acima de tudo, confirmei isso no tempo em que estive com ele, um pensador, alguém que reflecte sobre as mais variadas questões relacionadas com o Ser humano.
O mês passado o Vitor escreveu um artigo que a Sónia Fernandes partilhou, intitulado "A mentira da criatividade", artigo que também partilhei e que acho muito certeiro naquilo que eu considero ser a perspectiva "mentirosa" que muitas pessoas têm da criatividade.
Quis logo falar com ele sobre o artigo, (mas vou aqui também admitir, que há muito que sigo as suas críticas musicais e os seus artigos, e até acho que me posso considerar um fã do trabalho dele), e não quis perder a oportunidade de o conhecer pessoalmente. Poderia tê-lo feito numa festa de um amigo comum, onde estivemos os dois, mas na altura não tive a coragem.
Entrei em contacto com o Vitor, disse que gostaria de o entrevistar, e a resposta foi prontamente positiva, o que muito me entusiasmou.
Combinado o dia e hora, lá dirigi ao local, que se revelou mais ruidoso do que o esperado, e acabámos por ir para casa dele. Por vezes durante a entrevista, os meus comentários são tímidos, a meia voz, para não querer interromper o Vitor, algo a aprender para uma próxima conversa.
Desde o momento que cheguei ao pé dele, a conversa começou a fluir, expliquei-lhe um pouco melhor o que é o Falar Criativo, o meu "why" desta aventura, aquilo que me move, e aquilo em que acredito ser a criatividade e como acho que posso ajudar outras pessoas a acreditar na sua veia criativa.
O percurso do Vitor é daqueles que eu acho muito interessante, um percurso aparentemente não linear, mas de procura, de achar que se pode fazer outras coisas, questionar os porquês e dizer, "porque não?".
A conversa andou pelo teatro, pela música, pela antropologia, sobre a dificuldade das pessoas que querem levar uma vida de verdade, de autenticidade e como a criatividade e a autenticidade se podem revelar um caminho bastante solitário.
Não quero estragar o que é dito na entrevista, eu por mim conseguiria facilmente dar por mim a partilhar aqui quase tudo, pois a nossa conversa foi daquelas que me fez ligar a várias pessoas a seguir, quando ia no carro, a dizer que tinha sido uma conversa do "caraças" e que o Vitor além de ter confirmado a opinião respeitosa que tinha sobre ele, a superou, pelo seu lado extremamente acessível e humano.
Gostava de lhe ter dado um abraço quando me despedi dele, de ter tirado uma selfie, mas mais uma vez não tive a coragem, fiquei-me apenas por uma foto à sua estante de CD's...repleta de verdades e autenticidades, reduzidas e embaladas em caixas de plástico.
- Artigo sobre cidades criativas - Richard Florida: o guru do conceito das cidades criativas
- Cooltrain Crew
- Filme "Mister Lonely" do Harmony Korine.
- Livro sugerido: Bartleby do Herman Melville.

Monday May 11, 2015
episódio 78 Edite Amorim
Monday May 11, 2015
Monday May 11, 2015
A convidada desta semana é a Edite Amorim, que conheci através da convidada 69, a Anita Silva, quando estive a colaborar com ela no stand da Team Mais, durante o Festival IN na FIL.
Nos momentos de pausa, fui trocando algumas ideias com a Edite, que me pareceu uma pessoa interessante para conversar sobre estas questões da criatividade, da psicologia positiva, e da relação entre a produtividade/eficácia e ambientes de trabalho positivos.
Liguei-lhe no dia a seguir e expliquei-lhe o porquê de querer conversar com ela para o Falar Criativo. Conversámos bastante, e a Edite disse-me que no dia a seguir voltava para o Porto, e eu disse, ok, fazemos via Skype. A Edite como pessoa que "faz acontecer", como diz o anterior convidado André Leonardo, disse, que o avião era às 11h30, e que dava tempo. Hesitei ( como diz um amigo meu, às vezes tenho a tendência para arranjar problemas para todas as soluções), mas levei a minha filha mais velha à escola e arranquei direito a Lisboa para levar a Edite ao aeroporto, e lá fazermos a entrevista.
Gostei muito de a conhecer, tenho mantido algum contacto via email com ela, e tenho pena de não ter tido mais tempo para a entrevista.
A Edite, é bastante alegre, o que fez com que por vezes essa alegria me contagiasse e desse por mim a interrompê-la, a querer partilhar as minhas ideias, em vez de a deixar fundamentar aquilo de que tanto sabe, e a esquecer que a entrevista é sobre ela e não sobre mim.
Retirei bastantes coisas da conversa que tive com a Edite, que "para criar alguma coisa, é preciso acreditar que é possível", um elemento importante de confiança, reforçar a ideia que o Fluir é essencial para uma vida plena, e que precisamos de criar os nossos espaços sagrados, nem que seja o acender de uma vela de baunilha ao fim do dia.
- Conferência da Edite, "Questionar o óbvio na criação de uma empresa".
- "O poder da vulnerabilidade" da Brené Brown.
- Site: www.thinking-big.com
- Twitter: @eathinkingbig
- Facebook: https://www.facebook.com/pages/Thinking-Big/185124361543411
- LinkedIn: https://pt.linkedin.com/in/editeamorim
- Canal Youtube: https://www.youtube.com/user/ThinkingBigEA
- Curso online sobre Criatividade. Os 5 primeiros a enviar um email para o rui@falarcriativo.com a requesitar o cupão de desconto no curso têm direito a 25% menos quando o adquirirem.
- Livros sugeridos: "Fluir" do Mihaly Csikszentmihalyi , "Lugares que nos assustam" da Pema Chödrön, e "Pina Bausch" da Claudia Galhós.

Tuesday May 05, 2015
episódio 77 Isa Silva
Tuesday May 05, 2015
Tuesday May 05, 2015
A convidada desta semana é a Isa Silva, ilustradora, artista plástica, escritora, uma lista bastante extensa de capacidades, e que me foi sugerida pelo ouvinte Rui Santos, que me contou que a Isa era uma artista bastante interessante, e muito activa no Twitter.
Fui investigar e ver os links que o Rui me enviou, e apercebi-me que sem dúvida queria falar com a Isa, sobre a diversidade do seu trabalho, e um estilo muito próprio.
O percurso é muito interessante, variado, que começou no desenho na Escola António Arroio, mas que “a vida obrigou” a por um pouco de lado, trabalhando como dactilógrafa, mas que desta forma a fez ter contacto com o mundo dos computadores, e a partir daí chegou à formação nessa área, e daí para o software de design gráfico.
Ao voltar ao lado mais criativo com mais força, fez que estivesse nos primórdios da internet, fazendo sites no idos de 1998.
Cedo contactou com o teletrabalho, e criou mecanismos de se auto-disciplinar no trabalhar a partir de casa, que de muito lhe tem servido na sua situação de desemprego, sempre ajudada pelo desenho e pela pintura.
Falámos na importância que a internet e o Twitter têm no seu processo criativo, buscando referências, absorvendo toda aquela informação que depois de digerida lhe serve para os trabalhos que lhe pedem.
A Isa é uma pessoa que é uma autodidacta, que quando precisa, aprende, estuda e arrisca, como fez para escrever a sua peça de teatro, "A Lua que queria ser quadrada", onde além de escrever, desenhar os cenários e figurinos, também fez a encenação.
A "Marciana" como a Isa é conhecida, tem duas antenas, a antena da razão e a do coração, que eu acho que todos temos, mas muitas vezes não ouvimos da mesma forma, ganhando normalmente a razão, pois é muito mais matreira.
As ideias são quase uma praga que muitas vezes impedem o adormecer calmo e sereno que a Isa gostaria, mas os resultados são muito interessantes.
Gostaria de deixar aqui um agradecimento público à Isa pelo belo íman que que ofereceu das suas SquareFaces, e eu escolhi alguém que muito admiro o António Variações.
Podem comprar os ímans no Museu da Marinha.
Termino com uma bela frase da Isa:
"As coincidências são acasos muito bem programados."
- Site oficial: http://www.isasilva.com/
- Página do projecto Square Faces: http://www.isasilva.com/squarefaces.html
- Página oficial no FB: https://www.facebook.com/pages/Isa-Silvacom/128663760527533
- Divulgação dos trabalhos no FB: https://www.facebook.com/pages/Marci-Land/154124931451987
- As Tiras da Marciana: https://www.facebook.com/oMundodaMarciana

Monday Apr 27, 2015
episódio 76 - Raquel Félix
Monday Apr 27, 2015
Monday Apr 27, 2015
A convidada desta semana é a Raquel Félix, psicóloga que teve uma ideia, que deu no Lusideias, uma plataforma que ajuda pessoas com ideias a vê-las tornadas realidade.
Cheguei até à Raquel entrando em contacto com a Lusideias, e perguntando com quem poderia falar sobre a ideia por trás do projecto. Foi-me indicado o nome da Raquel, e combinado o dia, lá fui.
A Raquel também tem um blog, o Portugalize.Me, onde falam "...de Portugal de forma sustentada..." sobre o que de bom temos, o que de mau, falam sobre nós e quando de nós falam, investigando actividades em esquecimento, as manualidades, ou coisas em que nos destacamos por sermos nós, mas em bom.
O tempo parece ser de elástico para a Raquel, pois tem um horário completo na Compta, dá consultas no seu consultório, tem o blog, e ainda vai ao cinema, e está com os amigos, eu quero tempo desse, pois neste preciso momento as coisas estão a descarrilar, muita coisa para fazer, a pressão de fazer "o que dá dinheiro", e por vezes fazer menos bem aquilo em que acredito plenamente.
Mesmo o post de hoje, que costumo fazer de forma fluída, não está a sair, estou bastante cansado, mas o respeito que tenho pelos ouvintes e muito também pela convidada, faz com que sinta estar a desrespeitar a confiança que depositam em mim.
Valeria mais a pena escrever noutro dia? Com menos cansaço? Ou "aparecer", tirar as devidas ilações do que quer que tenha corrido menos bem, e na próxima fazer diferente?
São estas questões que hoje me inquietam, e me fazem sentir a trair o trabalho que tenho feito até aqui no Falar Criativo.
Digam de vossa justiça, eu vou descansar, e se conseguir fazer melhor noutro dia, venho cá e revejo o post, temos sempre a opção de corrigir trajectória, pois embora a auto-estrada seja o caminho mais rápido, mas nem sempre é o mais interessante.
"Ai Portugal, Portugal, enquanto ficares à espera, ninguém te pode ajudar..."

Monday Apr 20, 2015
episódio 75 Miguel Gizzas
Monday Apr 20, 2015
Monday Apr 20, 2015
O convidado desta semana é o Miguel Gizzas, que é amigo de um grande amigo meu, e através daquelas conversas via facebook, pedi a esse meu amigo para nos pôr em contacto.
Entrei em contacto com o Miguel, que prontamente acedeu a conversar comigo, pois eu vinha "com óptimas referências" (o que é verdade).
Preparei a entrevista da forma que normalmente faço, procurando informação sobre o convidado, ouvindo outras entrevistas, lendo o que escrevem, etc., mas devo admitir que neste caso, fui surpreendido, e contente fiquei por o ter sido. Eu de algum tempo para cá deixei de seguir um “guião” para as entrevistas, permito-me escutar aquilo que me dizem, e o Miguel começou a falar num tema que me interessa bastante, que é a questão da felicidade, e o que é isso de ser feliz.
O Miguel disse-me que é feliz, e que aprendeu há uns anos o segredo para ser feliz (vão ter de ouvir, pois não vou revelar no texto, eheh).
A partir daí a conversa, centrando-se no seu livro, ou melhor romance musical, “Até que o mar acalme”, seguiu pelo caminho do puto curioso que sou que tenta através destas conversas, resolver questões que me inquietam, entre elas, a questão das escolhas, e neste tema em particular, o Miguel fala em não escolhermos algo só porque nos vai dar dinheiro, e vai contra os nossos princípios, pois como ele diz, vai nos “partir todo por dentro”, e que as decisões devem ser tomadas com o coração.
O Miguel formou-se em economia, tem duas empresas, deu aulas de gestão analítica, mas desde sempre teve contacto com a música, e algum dia havia de lá parar, e assim foi.
Falou do processo de “invenção” do conceito inovador de ter um romance, um livro, que por cada capítulo tem uma música que o acompanha, que se acede através de QR codes.
Sobre o fazer coisas, falou que o importante é começar, o estar dentro, apartir daí, temos uma noção bem mais real do que temos pela frente, e é mais fácil criar um plano de acção, e dessa forma não parar.
Há muita coisa nesta conversa que me apetecia referir, mas com o receio de estragar a quem quer ouvir, convido sim a ouvirem mais que uma vez, pois eu sei que o farei.

Monday Apr 13, 2015
episódio 74 Joana Rita Sousa
Monday Apr 13, 2015
Monday Apr 13, 2015
A convidada desta semana é a Joana Rita Sousa, filósofa, que tem um gosto especial pela filosofia para crianças.
Conheci a Joana através do Colab Lisboa, uma vez que ambos fazemos parte desse grupo.
A Joana tem formação na área da criatividade, e o curso de filosofia, assim sendo impunha-se que eu a convidasse a Falar Criativo, pois filosofia e criatividade são coisas que muito me interessam e que têm muito mais a ver do que muitas pessoas pensam.
Precisamente a questão de pensar é importante, pensar é essencial, mas o pensar também precisa de outra coisa importantíssima, o tempo.
O tempo tem várias vertentes, o tempo para pensar, e o tempo para as coisas terem todas condições reunidas e ganharem vida.
Falo por mim, quando digo que penso muito, mas não dou tempo, nem às ideias, nem às coisas que dele necessitam. Tenho pressa.
A Joana também diz que tem pressa, e que muitas vezes não entende, porque razão as outras pessoas não embarcam nessa pressa. Mas Joana pensa, reflecte e faz, são muitas as coisas em que se envolve, mas leva-as a bom porto.
Quando decidiu que queria tirar o curso de filosofia, decidiu com a certeza que nem que depois acabasse a trabalhar num supermercado, era aquele o curso que queria.
Acabou por trabalhar num banco, durante anos, e agora sim vive da sua filosofia.
A história que contou de um limoeiro, reflecte por muito que queiramos ter limões quando achamos que os devemos ter, o limoeiro é que sabe quando está pronto para dar limões.
Nós na nossa vida, ( eu sou exemplo disso ) queremos logo que as situações se resolvam, que a decisão seja rápida, que o emprego ideal surja, que os nossos filhos entendam as coisas à mesma velocidade que os seus colegas (ou até à nossa velocidade), não damos tempo e comparamos de formas por vezes assustadoras.
A filosofia como a Joana a entende, e ensina, é algo essencial para viver uma boa vida, uma vida que possamos olhar para trás sem arrependimentos, onde demos tempo ao limoeiro.
- Filocriatividade, filosofia e criatividade.
- Joana Rita - comunicação & social media.
- Blog da Joana.
- Olhar a Palavra.
- All about little lady bug.
- Livro Alice no País das Maravilhas.

Monday Apr 06, 2015
episódio 73 Hugo Makarov
Monday Apr 06, 2015
Monday Apr 06, 2015
O convidado desta semana é o Hugo Makarov, um desenhador compulsivo, que conheci através da Sónia Fernandes, essa grande senhora de me apresentar pessoas, e que por acaso apareceu durante a entrevista e se sentou a ouvir a nossa conversa.
A entrevista foi no espaço da cafetaria do Cowork Lisboa, sítio que me tem servido para fazer muitas entrevistas ultimamente.
Das duas ou três vezes que estive com o Hugo, aquilo que passou foi sempre a mesma coisa, alguém que adora desenhar, que desenha enquanto conversa, e que encara as coisas com naturalidade e descontracção.
Isto não quer dizer que não tenha ideias bastante marcadas sobre o que quer para si e para os seus desenhos, seja vê-los num anúncio, numa parede, ou mesmo tatuado no braço de alguém.
Já tem um percurso de fazer inveja a muita gente, mas foi ele que o construiu, começou cedo a tatuar, aos 19 anos, mas sempre acompanhado pela sua paixão pelo desenho.
Poderá parecer fácil e simples, o Hugo transmite na sua presença e no seu discurso, uma força que parece não ter limites, que não se cansa, uma energia silenciosa, mas que sentimos poder mover montanhas, algo que me parece a mim ser aquilo que tenho pouco, determinação.
Foi relativamente simples perceber que a influência da paixão do pai do Hugo pela banda desenhada, teve na escolha de forma de expressão, como o Hugo diz, o pai é um apaixonado pela mesma, e é engraçado de ver a referência que o Hugo Pratt é para o Hugo Makarov, dizendo mesmo que se pudesse viveria a vida do referido autor.
Seja alguém que conhecemos pessoalmente, alguém que vemos nos jornais, ou tão somente alguém que admiramos o trabalho, devemos ter ídolos, mestre, mentores, o que lhe queiramos chamar, são eles que nos indicam o caminho, porque ninguém consegue chegar onde tem de chegar, sozinho.

Monday Mar 30, 2015
episódio 72 Humberto Neves
Monday Mar 30, 2015
Monday Mar 30, 2015
O convidado desta semana é o Humberto Neves, fundador da Ardózia, uma editora de conteúdo digital para crianças, que é usado em dispositivos móveis, entenda-se, sobretudo tablets.
Eu conheci o Humberto porque fui fazer um workshop sobre como criar um livro interactivo digital. Gostei do workshop, de perceber as potencialidades que este tipo de plataforma tem, uma vez que a barreira de entrada, os softwares utilizados, são bastantes simples de trabalhar, passando a importância para a qualidade da história, e o empenho e capacidade de divulgar os livros que formos fazendo.
A Ardózia, já tem vários produtos no mercado, bastante interessantes, didácticos e que promovem uma interacção com os tablets que vai para além de uma máquina de jogos que entretém os nossos filhos enquanto estamos ocupados a fazer outras coisas.
O percurso do Humberto é outro daqueles que demonstra que podemos, e temos inclinações, mas que em nada são determinantes em que ângulo as abordamos. Ele começou por querer ser médico, mas ao descobrir o mundo dos computadores, percebeu que aquilo sim era o que queria fazer. Desde aí tem tido várias experiências ligadas ao computador, e à programação, mas em áreas diferentes, sendo a Ardózia mais uma dessas experiências.
A Ardózia está agora no momento de se fazer ver, de divulgar aquilo que faz, de estar a par dos outros conteúdos digitais, os produtos têm qualidade mas se ninguém souber que eles existem, de nada serve.
Eu próprio sinto que o Falar Criativo tem falta desse trabalho de se mostrar, de gritar para o mundo:
"Estou aqui, já cá estou a algum tempo, e tenho pessoas muito interessantes como convidados".