Episodes

Monday Jan 12, 2015
episódio 61 Ricardo Frade
Monday Jan 12, 2015
Monday Jan 12, 2015
O convidado desta semana é o Ricardo Frade, uma pessoa que é criativa na arte de viver, na arte de nos centrarmos na solução e não no problema.
A sugestão do convidado veio de uma ouvinte do podcast, a Ana Patrocínio, que me disse que eu era capaz de achar a história do Ricardo interessante. Confirmou-se achei a história interessante, pois histórias de reinvenção, de nos superarmos, são coisas que mexem muito comigo, pois eu próprio acredito que só tendo essa capacidade poderemos ser felizes. Porquê? Perguntam as pessoas. Só quem vive criativamente e consegue ver a saída de situações menos boas em que se encontra, poderá almejar ser feliz, uma vez que viver significa isso mesmo, altos e baixos. E não importa o número de vezes que caímos, mas o número de vezes que nos levantamos.
O livro está cheio de peripécias em que o Ricardo tem de encontrar uma solução rápida para o seu problema, e todo o processo mental, descrito na primeira pessoa, é bastante inspirador.
Eu desde a nossa conversa comecei a olhar para a minha vida de forma diferente, espero que mais pessoas aproveitem este episódio para um pouco de reflexão.
A entrevista foi feita no Arigato Sushi Arena, o restaurante de um anterior convidado, o João Banazol.

Monday Jan 05, 2015
episódio 60 Hugo Macedo
Monday Jan 05, 2015
Monday Jan 05, 2015
O convidado desta semana é o Hugo Macedo, fotógrafo que recentemente teve uma exposição em Lisboa, no Destinations Hostels na Estação do Rossio. A exposição chamava-se "Tabasamu" e um amigo comum, o Nuno Gaudêncio, sugeriu-me a ida à inauguração, que infelizmente não consegui ir.
Daí surgiu a ideia de entrevistar o Hugo, que aceitou logo o convite.
O percurso do Hugo é muito interessante no sentido em que experimentou várias coisas, "Estatística e Investigação Operacional" uma vez que gosta/gostava desse tipo de coisas, mas percebeu que não era bem aquilo que pretendia, e deixou a estatística e arranjou emprego na TMN, onde conciliava com um novo curso, o de "Gestão e Engenharia Industrial". Como gostava e era bom naquilo que fazia na TMN, acabou por se desligar do curso, e subir dentro da empresa onde esteve 10 anos. Uma vez que acabou por chegar a um cargo onde coordenava outras pessoas, percebeu o interesse pelos "Recursos Humanos", curso que passou a frequentar e a gostar, pois conseguia ver, como ele próprio diz, a aplicabilidade daquilo que aprendia na universidade, pois a experiência da práctica no trabalho era complementar com a teoria.
Tal como eu o Hugo considera que deveríamos ter experiências reais antes de nos metermos a tirar um curso superior, a pessoa que somos dos 15 aos 18/19 anos, não é uma pessoa com conhecimentos suficientes sobre o mundo e de que maneira nos queremos relacionar com ele, partindo de uma base académica que se encaixe com uma visão do mundo mais real e abrangente.
A fotografia surgiu, ou melhor, nunca esteve ausente, mas quando o Hugo saiu da TMN, achou que iria ter uns tempos para pensar no que fazer da vida, mas acabou por estar dois anos a viver da fotografia, algo que aconteceu quase de forma orgânica, sem grandes planeamentos, alguém que precisava de um fotógrafo, e "voilá", os trabalhos começaram a surgir.
O Hugo desde 2010 trabalha na Associação Nacional dos Ópticos, na parte dos recursos humanos, tendo sido, segundo ele uma decisão ponderada e não apaixonada, pela estabilidade que um emprego "normal" traz, mas acaba por beneficiar a paixão da fotografia, pois quando fotografa, aos fins de semana, e após o seu horário de trabalho, fá-lo de uma forma mais liberta da pressão que o "viver da fotografia" de certa forma obrigaria.
O próprio podcast, para mim, pretendo que seja algo paralelo, não seja a minha fonte principal de rendimento, a liberdade de escolhas que isso permite, beneficia de certeza a mim, aos convidados e a quem segue o podcast.
Site do Hugo.
Monday Dec 29, 2014
episódio 59 Ernesto Pereira
Monday Dec 29, 2014
Monday Dec 29, 2014
O convidado desta semana é o Ernesto Pereira, um arquitecto, carpinteiro, empreiteiro e acima de tudo alguém que tem vontade de fazer bem e de forma diferente.
Um jovem que foi criado num meio rural onde as fisgas e outras engenhocas faziam parte do dia a dia.
O Ernesto foi atleta de alta competição, tendo sido campeão nacional de salto à vara e decatlo, dua modalidades muito exigentes e que de certeza tiveram muita influência na coragem de atacar os mais diversos tipos de problemas.
O seu percurso teve incursões pelo negócio da "noite", tendo tido um bar com amigos, e onde conheceu muitas pessoas, uma delas que lhe abriu portas para trabalhar como o filho do Siza Vieira, o Alvarinho.
Embora tenha aprendido muito nos gabinetes onde trabalhou, foi nesta nova fase que o Ernesto encontrou o seu elemento, um modo "mãos na massa" que lhe permite arriscar, fazer diferente, e experimentar na práctica aquilo que ele considera ser a sua imagem de marca, o seu modo de fazer.
A sua proximidade no dia a dia com as pessoas que com ele constroem faz com que saiba melhor do que muitos arquitectos o que é construir, e não apenas imaginar e desenhar.
Gostava de ter mais a atitude "go for it" que o Ernesto tem, vou sem dúvida tentar incorporar na minha vida a coragem de fazer, sem receio de ser diferente, sem receio de me espalhar ao comprido.

Monday Dec 22, 2014
episódio 58 Elisa de Mira
Monday Dec 22, 2014
Monday Dec 22, 2014
A convidada desta semana é a Elisa de Mira, psicóloga, entre outras coisas que eu conheci numa palestra que ela foi fazer na escola da minha filha.
Das várias coisas que a Elisa falou na dita palestra, houve algumas que mexeram comigo, a questão das motivações extrínsecas e intrínsecas, o motivar para a tarefa e não somente para um resultado, naquele contexto, as notas escolares.
Percebi que me apetecia conversar mais com ela, e que aquilo que gostaria de falar com ela, interessaria a mais pessoas, ouvintes do podcast, uma vez que as questões de sabermos quem somos, de nos reinventarmos, têm tudo a ver com muitos dos anteriores convidados, e sobretudo com muitos dos seguidores do podcast.
Falámos durante uma hora, e hoje é daquelas situações que me sinto limitado a escrever sobre o que foi falado, que de certa forma, nada do que possa dizer aqui faça justiça ao que foi dito.
Das minhas impressões, no entanto gostaria de salientar o tempo que precisamos para nos encontrarmos, para desse lugar de autoconhecimento, abraçarmos com todas as nossas forças aquilo que queremos, seguro de que as escolhas são nossas, e não aquilo que os outros acham ser o melhor para nós.

Wednesday Dec 17, 2014
episódio 57 Sónia Fernandes
Wednesday Dec 17, 2014
Wednesday Dec 17, 2014
A convidada desta semana é a Sónia Fernandes, fundadora do World Failurist Congress (WFC), uma celebração à Falha, ao Falhanço, ao Fracasso, no sentido em que faz parte daquilo que corre bem, o tão aclamado sucesso.
Cheguei à Sónia, através de uma ouvinte do podcast, a Nídia Nobre, que me falou do WFC, e que tinha sugerido o nome do Vasco Durão, convidado 23 do Falar Criatio, e que a Sónia tinha aceite. Quando o Vasco partilhou como tinha gostado de participar no evento, que tinha sido uma experiência fantástica, com mais pena fiquei de não ter conseguido ir. Após a troca de comentários com o Vasco e a Sónia, perguntei à Sónia da sua disponibilidade para ser entrevistada, que prontamente acedeu.
A nossa conversa teve lugar no CoWork Lisboa, ao fim do dia, local onde decorreu o WFC.
Desde as conversas antes da gravação, que percebi algo que a Sónia fala na entrevista, que ela é uma "people's person", a sua vontade de ouvir, comunicar e partilhar, cativa desde o primeiro instante.
Na TEDx no Porto, onde a Sónia falou, que segundo ela foi feita em apneia, ela partilha que estava desempregada quando se lembrou de criar o WFC, como que uma reacção à "praga" que assolou (e ainda assola) do "tens é de ser empreendedor", e "é só ter sucesso", e em lado nenhum se falava do que corre mal até correr bem.
Com um computador, a internet do vizinho, e muita vontade, a Sónia conseguiu levar o evento a bom porto, e como ela fala na entrevista, a catarse que se dá nos WFC é algo que a fascina, a expressão de alívio por parte de quem assiste ao realizar que todos falhamos, e falhar não faz de nós uns falhados.
Também eu me vi/vejo um pouco refém da vaga do tens de criar o teu negócio, e é só sucesso, e todas as coisa com que somos bombardeados diáriamente.
Adorei conhecer e falar com a Sónia, e espero sinceramente um dia viver bem com as minhas falhas.

Thursday Dec 11, 2014
episódio 56 Tiago Neto
Thursday Dec 11, 2014
Thursday Dec 11, 2014
O convidado desta semana é o Tiago Neto, amigo de longa data, que já não via há uns dez anos, e que agora é DJ/produtor de música.
Aproveitei a "desculpa" de o Tiago fazer umas músicas para o voltar a ver.
Fui ter com ele à Costa da Caparica, junto à praia, depois de ele ter tido mais uma sessão de bodyboard.
Não sabia muito bem como direccionar a entrevista/conversa, mas sabia que queria saber mais sobre o mundo da música electrónica e de que forma o Tiago entende a música, e como faz.
O Tiago só começou a fazer música electrónica aos 29 anos, mais um exemplo que não é na adolescência que se têm de tomar as decisões para a vida.
A "cena" da música electrónica ou música de dança em Portugal, é pequena, e pelo que percebi sobrelotada. Algo que gera escassez para todos os que tentam vingar neste meio. Poucas discotecas dedicadas, e uma contaminação negativa por parte dos "êxitos" que passam nas rádios.
Parece que estamos a chegar a uma coisa que ouvi há muitos anos, que nos E.U.A. as músicas precisam sempre de letras, pois eles só estão felizes quando podem cantar enquanto dançam.
A música que o Tiago faz é complexa, envolve muitas variáveis, batida, loops, e todas aquelas coisas que eu apenas repito porque ouvi.
Mais uma pessoa que vai deixar o nosso país, a caminho da Austrália em busca de melhores oportunidades de fazer a música que acredita e conseguir viver disso.
O Tiago apesar de haver mais de vinte anos que o conheci, continua igual naquilo que sempre foi dele, um miúdo de olhar vivo, que procura ser feliz, só isso, ser feliz.

Tuesday Dec 02, 2014
episódio 0.1 Rui Branco parte II
Tuesday Dec 02, 2014
Tuesday Dec 02, 2014
Este episódio é apenas uma reflexão sobre o que foi um ano de podcast.
Pareço sério, e de certa forma, é uma conversa séria.
Parabéns ao Falar Criativo, a mim, aos convidados e aos ouvintes.

Monday Dec 01, 2014
episódio 55 Ronaldo Costa
Monday Dec 01, 2014
Monday Dec 01, 2014
O convidado desta semana é o Ronaldo Costa, arquitecto brasileiro, que começou por ser amigo do meu irmão e tornou-se amigo da família, tendo até já passado um Natal connosco.
Quando conheci o Ronaldo, ele andava atentar ser reconhecido pela Ordem dos Arquitectos portuguesa. Relatou o facto, e esse relato chegou aos responsáveis no Brasil, e fez com que o processo de reconhecimento dos arquitectos portugueses no Brasil fosse revisto.
Questionei-o sobre o facto de o facilitar da entrada dos arquitectos portugueses no Brasil, aumentar a concorrência, ao que me respondeu, de forma clara: " Quem tem medo da concorrência são os incompetentes."
Quando lhe perguntei sobre o ser freelancer, adorei a expressão que usou, trabalhar por conta própria "é matar um leão todos os dias". É algo que luto, pois neste momento tenho dificuldade em aventurar-me, tenho tido medo do leão. Mas se quero comer a carne, tenho de ir à caça.
O site do Ronaldo tem muito bom ar, funciona bem, e é uma bela montra para o trabalho que vem desenvolvendo, e tem tido retorno, pois já fez projectos no Senegal e em Moçambique.
A rotina diária de exercício, é algo que vejo em grandes "fazedores", o Ronaldo às 6h da manhã está com o seu "segundo despertador" o personal trainer que o espera. O exercício tem essa dupla função de ser um laboratório para as dificuldades da vida, do esforço, além de nos tornar mais despertos e resistentes.
Vou recomeçar a práctica matinal da corrida, e daqui a um ano, a minha vida será certamente bem diferente.
Site do Ronaldo.
Monday Nov 24, 2014
episódio 54 Patrícia Maia Noronha
Monday Nov 24, 2014
Monday Nov 24, 2014
A convidada desta semana é a Patrícia Maia Noronha, coordenadora editorial do site Boas Notícias, um site que como o próprio nome indica trata de boas notícias.
Foi a Rossana Appolloni, que me sugeriu falar com a Patrícia, que seria interessante, e eu após a minha pesquisa inicial, concordei. Combinei com a Patrícia, e num fim de tarde chuvoso, de trânsito caótico em Lisboa (já me tinha esquecido o quanto "Lisboa" me odeia), fui ter com ela e fizemos a entrevista.
A Patrícia é uma pessoa relativamente discreta, pois não consegui encontrar muita informação sobre ela quando pesquisei. Por compromissos da Patrícia, a nossa conversa foi um pouco contra-relógio, não que isso lhe tire interesse, obrigou sim a focar no essencial, algo que admito ter alguma dificuldade.
A escrita sempre fez parte da vida da Patrícia, e quando "teve de tirar" um curso, optou por algo que tivesse relacionado com a escrita, Ciências da Comunicação.
Trabalhou na TSF, e quando surgiu o projecto Boas Notícias, embarcou desde o início, sem pensar muito, pois como diz, "eu não penso muito nas coisas, só faço".
Falámos em hábitos de escrita, em que a própria Patrícia, reconhece que podia e gostaria de escrever mais, mas que lhe falta uma certa disciplina para o fazer.
Eu próprio luto com isso, sou muito indisciplinado, tenho dificuldade em concretizar as coisas, este podcast acaba por ser uma excepção.
A Patrícia só escreve quando está inspirada, algo que diz que não é muito bom, porque vamos sempre adiando. Segundo ela é muito importante começar, pois depois de começar temos a necessidade de acabar.
Adora escrever contos, e já publicou um livro de contos, o "Brilho Vermelho", diz que os seus contos são muito visuais, e embora a estrutura seja diferente, também já escreveu um guião em parceria, de uma curta-metragem, que anda a tentar que seja realizada.
Gostei da naturalidade com que a Patrícia encara a escrita, o escrever, os projectos, as coisas em que se envolve, a sensação que fiquei foi que de alguma forma, ela flui com a vida, como dizia o Bruce Lee: "Be like water my friend."

Monday Nov 17, 2014
episódio 53 Paula Pinto
Monday Nov 17, 2014
Monday Nov 17, 2014
A convidada desta semana é a Paula Pinto, uma das pessoas responsáveis pela associação Sentidos Ilimitados, uma associação que promove projectos multidisciplinares, envolvendo os artistas de forma plena em performances, espectáculos, etc. É sobretudo um espaço de exploração artística, onde cada um traz as suas valências, e as disponibiliza para um bem maior, um bem comum.
A Paula foi sugerida por uma ouvinte do podcast já há vários meses, mas por razões de saúde só agora lhe foi possível fazer-mos a entrevista.
A Paula teve uma carreira longa dentro da dança, foi "prima ballerina" no Ballet Gulbenkian, até se reformar. Quando criança assistiu ao Quebra Nozes e a mãe perguntou-lhe se ela estava a gostar, respondeu que sim, e que haveria de dançar naquele palco.
A sua persistência, e não teimosia, como explica, tornaram possível um desejo de criança, que foi realidade pois a Paula colocou as horas e a dedicação necessárias para que isso acontecesse. Treinava no seu quarto as posições agarrada à cama seguindo as indicações de um livro.
Quando entrou para a escola do Ballet Gulbenkian, as coisas como que aceleraram, pois como um peixe na água, as coisas começaram a fluir e aos treze anos fez parte do elenco de um peça onde actuou durante nove meses.
A sua juventude foi preenchida pela dança, formação e actuação deixando de alguma forma os estudos para trás, recuperando-os mais tarde.
Chegada a um determinado ponto, percebeu que para evoluir deveria buscar outro tipo de formação "uma escola" com tradição internacional, tendo por isso deixado o país e rumado a França.
As estadias no estrangeiro repetiram-se pois a necessidade de contactar com mais perspectivas era e é necessária ao impulso criativo da Paula.
Esse impulso foi um dos motores para a criação do projecto Compota, uma "jam session" de criatividade, onde as as mais diferentes áreas artísticas se cruzam, se desafiam e se complementam.
Aconselho a explorarem um pouco do site da Sentidos Ilimitados, pois os projectos são muitos e interessantes, justificando plenamente o tempo que passem no site.
A Paula quer fazer mais, melhor, quer que os artistas tenham as condições necessárias para deitarem cá para fora o melhor de si, sem compromissos, sem "condicionantes de mercado" a ditar a linha de trabalho de um artista.
Retive muitas coisas da nossa conversa, mas o que ficou gravada na pedra, foi uma frase do Agostinho da Silva que a Paula citou: "Persistentemente todo na tarefa."
Sei que é necessária essa persistência, é isso que me faz semana após semana, fazer o podcast, persistir, embora deva admitir que o caminho não me é claro, mas sobretudo sei que não posso ficar onde estou.