Episodes

Monday Nov 10, 2014
episódio 52 Little Hands (leonor feijó e marta belo)
Monday Nov 10, 2014
Monday Nov 10, 2014
As convidadas desta semana, (sim são duas, uma estreia no podcast) são o "duo" de ilustradoras da Little Hands, a Leonor Feijó e a Marta Belo, cuja empresa vende a maior parte daquilo que produz para o estrangeiro.
A entrevista foi falada já há muito tempo, mas nas vésperas das convidadas partirem de viagem durante um mês, daí só agora ter sido possível concretizar a entrevista.
Foi via Skype pois estavam no Porto, e eu na minha casinha. Durante a entrevista parecia-me ouvir ressonar, mas não quis dizer nada. No fim, perguntei, "Vocês não têm aí um labrador ou um boxer a ressonar? Ah sim, temos um labrador." Mistério resolvido.
A conversa começou algo timidamente, pois as entrevistadas não sabiam muito bem ao que iam, pois não tinham escutado nenhum dos episódios.
Quebrado o gelo inicial, que normalmente é quebrado enquanto monto os microfones, nas situações em que é presencialmente, a conversa começou a fluir, e entrámos naquilo que eu mais tinha curiosidade de saber.
O que leva alguém a arriscar, a levar as coisa em frente, em ser teimoso para ultrapassar os muitos obstáculos de quem está a começar, e que como falámos, a sensação de muitas vezes ser uma fraude, de aquilo que estamos a querer "vender" não ser bom o suficiente para justificar o dinheiro ou a atenção das pessoas.
Não tendo nenhuma delas formação na área, a Leonor tirou fotografia e a Marta arquitectura, conseguiram vingar num meio muito competitivo, mas teve de ser lá fora primeiro o reconhecimento e só depois em Portugal. Várias vezes pensei em negócios que dependem de um mercado maior ou inexistente em Portugal, e várias vezes me contrariei, dizendo "Não dá, com os portes que terias de cobrar, é impensável...".
Mas dá, a Little Hands é exemplo disso, até para a Austrália enviam papel de parede. (Nota mental: Toma lá ó critíco!)
Falámos dos cursos superiores não serem necessários, mas sim vontade, teimosia, persistência, etc, mas tudo isto vem da paixão, do gosto naquilo que se faz, por isso gostaria de deixar um último motivo de reflexão.
Se ao fazerem aquilo que fazem, a única pessoas feliz forem vocês, será que não vale a pena?
Eu tenho a minha resposta, aguardo as vossas por mail, rui@falarcriativo.com.
Gostaria de pedir a quem puder ajudar a causa que falámos na nossa conversa, que o faça, as instruções estão no link.

Monday Nov 03, 2014
episódio 51 Luis Simões
Monday Nov 03, 2014
Monday Nov 03, 2014
O convidado desta semana, é o Luis Simões, um ilustrador e contador
de histórias, que decidiu dar a volta ao mundo a desenhar, na sua World Sketching Tour.
Tomei contacto com o Luis, e aquilo que ele anda a fazer atavés de uma partilha do João Vitória no Facebook, onde ele fez o "tag" do Luis. Comentei que gostaria de entrevistá-lo e ele acusou-se. Combinámos logo na altura uma entrevista Skype uma vez que ele está em Hong Kong.
Quando fiz a investigação sobre o Luis e a sua World Skecthing Tour, fiquei fascinado pela coragem de largar tudo e correr mundo na busca de si mesmo e do contacto com os outros.
Sou demasiado agarrado às minhas raízes, aos meus familiares e amigos para o fazer, não porque seja alguém muito "bonzinho", mas porque é muito mais confortável estar onde conhecemos as coisas e as pessoas. Voar é sempre assustador, mesmo para quem está habituado a não viver com os pés no chão.
O Luis tem algo que cativa, uma verdade qualquer que transparece naquilo que diz, sente-se que não faz isto para provar nada a ninguém, nem para ser convidado para os programas da tarde como exemplo a seguir.
Acredita que esta viagem é algo que tinha de fazer, o desenho como falamos na nossa conversa, é uma ferramenta para viajar, ele é um viajante, o desenho é o seu meio de transporte, da mesma maneira que há outros viajantes que decidem fazer travessias de bicicleta, viagens a fotografar, aventuras de canoa, ou qualquer outro meio que encaremos como capaz de nos transportar para fora de nós mesmos, de maneira a que no fim nos encontremos.
"As pessoas que têm maior curiosidade de viver, são as que mais arriscam."
Quero e vou arriscar a viver a vida que tenho a curiosidade de viver. Obrigado Luis pela inspiração.

Monday Oct 27, 2014
episódio 50 marta Hugon
Monday Oct 27, 2014
Monday Oct 27, 2014
A convidada desta semana é a Marta Hugon, cantora de jazz, à qual cheguei através do Filipe Ferreira, pois quando ele partilhou o episódio dele, a Marta comentou-o, e eu não me fiz rogado, lembrei-me das palavras do Filipe, de o "não" estar garantido, e aproveitei a oportunidade que se me apresentava.
A Marta chegou ao canto quase como uma experiência, inscreveu-se num côro, e de forma quase casual viu-se em cima de um palco, e perceber, que tinha receio, mas "eu quero fazer mais disto".
A partir desse momento teve que se desenvolver como cantora, através de aulas particulares e mais tarde, ingressando no Hot Clube onde veio a ter como professor o Filipe Melo, que hoje em dia é parceiro de composição, faz os arranjos e o pianista que a acompanha.
Falámos da pressa que normalmente se tem de ver resultados, de chegar a esse destino, seja a publicação de um disco, ou até mesmo reconhecimento como cantor firmado. Não há pressa, isto é, pressa há, mas as coisas na vida, não querem saber da pressa que temos ou não temos, elas seguem a ordem que têm de seguir e somos nós que temos de aprender a ter paciência, em acreditar que vai acontecer, mas não ficar sentado à espera que as coisas se resolvam por si.
A Marta não acha que exista "um mais fácil e um mais difícil, um certo ou um errado", no que toca a escolhas profissionais, pois no caso dos músicos, refere que todos os músicos que conhece, "por muitas dificuldades que passem, são pessoas felizes e realizadas profissionalmente" e que "a música é a maior recompensa".

Monday Oct 20, 2014
episódio 49 João Vitória
Monday Oct 20, 2014
Monday Oct 20, 2014
O convidado desta semana é o João Vitória, que é Chief Digital
Officer, um desses cargos que só a modernidade nos trouxe. Mas no fundo o
João é uma pessoa que gosta de aprender, explorar aquilo que a
conectividade via web nos permite.
Eu tomei contacto com o João através do Vasco Durão, o convidado 23 do Falar Criativo, pois os dois têm uma formação em criatividade, o Shaker, onde levam as pessoas a experimentarem vários processos para resolver problemas criativos.
Gostei
bastante do facto de o Vasco dizer ao João, "olha, vai falar com o Rui,
ele tem entrevistado mais pessoas da área" e isso ser suficiente para o
João dizer que sim. Isto mostra duas coisas, que se sugerirmos coisas
às pessoas que de facto lhe são favoráveis, no futuro bastará a nossa
sugestão e elas irão aceitar pois confiam em nós, a segunda é que se nos
mostrarmos dignos e cordiais, o nosso trabalho vai ser reconhecido como
merecedor do tempo das pessoas.
Voltando
ao João, eu admito que até gosto de tecnologias, redes sociais e esse
tipo de coisas, mas estou longe de saber tanto como ele, porém na
conversa foi reforçado algo que eu já tinha ideia de ser assim, o facto
que as redes sociais são um canal, uma ferramenta, na génese estão as
relações entre pessoas, ou como também falámos a relação entre as marcas
e os clientes. Como o João refere, as marcas ao virem para o território
das redes sociais, estão a abrir uma porta, dessa forma podem entrar
coisas boas e coisas más, as marcas ficam mais vulneráveis às críticas,
mas também mais próximas de saber o que importa para os seus clientes.
O
joão refere que nem todas as redes sociais, ou melhor nem todas estas
tecnologias são indicadas para todos os tipos de negócio e todas as
marcas, isto é, mais do que receitar uma "injecção de facebook", há que
entender o que é que a marca pretende, e se de facto os clientes de
determinado produto ou marca, estão interessados em interagir dessa
forma.

Monday Oct 13, 2014
episódio 48 Christelle Rodrigues
Monday Oct 13, 2014
Monday Oct 13, 2014
A convidada desta semana é a Christelle Rodrigues da Monóculo, uma empresa que presta serviços na área da edição de livros.
Aconselho a passarem pela página da Monóculo para perceberem melhor as possibilidades que existem para quem quer transformar um manuscrito, num bonito livro físico, e deliciarem-se com o percorrer dos dedos pelas páginas.
Eu cheguei até à Christelle, através da Rossana Appolloni, pois foi a Monóculo que fez a edição do primeiro livro, o "Ousar Ser Feliz" edição independente (versão esgotada, mas podem adquirir a nova versão com o dobro dos textos). Já tinha vontade de conversar com a Christelle há algum tempo mas ainda não se tinha proporcionado o momento oportuno. A conversa foi cá em casa, algo que me agrada bastante, sinto-me muito bem ao receber os convidados, mais disponível para ouvir, enfim, no meu meio.
Na investigação que fiz, fiquei a saber mais sobre o que a Monóculo fazia, mas pouco sobre a Christelle. Nem o seu aspecto eu conhecia. Dessa forma tive de me auxiliar das minhas primeiras perguntas para perceber de que forma a Monóculo se encaixava no seu percurso de vida.
Fiquei a saber que a pedagogia, o ensinar e o saber, são grandes motivadores, e bases nas coisas que a Christelle faz. A componente humana também passou na nossa conversa, porque todos os autores que chegam até à Monóculo, são pessoas com expectativas, dúvidas e o sonho de ver o resultado do seu trabalho, da sua ideia virar livro com o qual poderão partilhar as suas histórias com outros.
Foi muito fácil falar com a Christelle, houve empatia logo de início, o partilhar um pouco da minha história, e do objectivo do Falar Criativo, fez com que se sentisse mais à vontade para partilhar a sua história.
Na conversa, antes, durante e após gravação, fiquei a saber muito mais sobre a edição de livros, das dificuldades, e da felicidade que é ver algo de nós tomar vida, e dessa forma dar vidas aos outros.

Thursday Oct 09, 2014
episódio 47 Filipe Ferreira (parte 2)
Thursday Oct 09, 2014
Thursday Oct 09, 2014
Esta é a segunda parte da conversa que tive com o Filipe Ferreira.
A primeira parte podem ouvir aqui.
Monday Oct 06, 2014
episódio 46 Filipe Ferreira (parte 1)
Monday Oct 06, 2014
Monday Oct 06, 2014
O convidado desta semana é o Filipe Ferreira, fotógrafo, e acima de tudo "a real nice guy".
Tomei contacto com o trabalho do Filipe, através de uma partilha que o Filipe Melo fez de uma foto do Benny Golson tirada pelo Filipe Ferreira. No blog do Filipe Ferreira, ele referia-se à foto como sendo "a foto", é de facto uma grande fotografia.
O percurso do Filipe é muito interessante, não é muito linear, as coisas foram sucedendo, a "sorte" foi-o encontrando mos sítios certos, e preparado para receber o que ela trazia na sua direcção.
A questão que ele refere do "não" estar garantido, por isso não custa nada perguntar, é algo que não me é fácil, está mais fácil com esta minha aventura de convidar pessoas a serem entrevistadas, mas é uma grande maneira de encarar as coisas que queremos e por vezes não temos coragem de pedir.
O Filipe foi generoso com as pessoas que tem encontrado pelo caminho, e essas pessoas têm retribuído das mais diferentes formas, seja passando-lhe contactos, seja contratando-o para mais trabalhos.
A coisa que mais me agradou da nossa conversa foi perceber que os super-heróis existem, não fazem nada de sobre humano, mas usam o bem como super poder. Fazer algo pelos outros de forma desinteressada compensa, e não é preciso pisar em ninguém para alcançarmos os nossos sonhos.

Monday Sep 29, 2014
episódio 45 Ana Rita Queiroz
Monday Sep 29, 2014
Monday Sep 29, 2014
A convidada desta semana é a Ana Rita Queiroz, ela é marketeer, mais ligada ao lado digital, também faz webdesign, com bastante enfâse na parte das lojas online.
A Ana Rita entrou em contacto comigo depois de ouvir a entrevista com o Diogo Vilhena, alguém com quem está a trabalhar, para saber de que forma poderia ser entrevistada para partilhar um pouco da sua história e daquilo que ela faz.
Lá fiz uma pequena investigação para ver de que forma seria mais interessante esta questão das lojas online, e o facto de ter um plano de marketing, uma estratégia, em que as ferramentas digitais, as redes sociais, fazem parte de um plano maior, e não um fim em si mesmo.
Após a criação de uma loja ou de um site, é importante, perceber quem visita, quem compra, o que compra, quantas visitas fez até comprar, etc, e dessa forma potenciar o canal de vendas que é a internet. As redes sociais por si só não vendem, ajudam sim a criar relações que poderão resultar em vendas se o trabalho for bem feito, e for essa a intenção.
Eu admito que gostava de ter uma fonte de rendimento web, pelo facto de poder estar longe de casa, e mesmo assim processar vendas e pagamentos, agrada-me a liberdade que um negócio digital permite.
O percurso da Ana Rita não é linear, não existiram certezas desde o momento de arranque, e o sítio onde se encontra nesta altura é o resultado de váriascoisas que foram acontecendo ao longo da sua vida, e que incluem processos de desenvolvimento pessoal e de autoconhecimento que são a base para chegarmos mais longe.
A importância de entender aquilo que o cliente pretende, sem por vezes saberem explicar o que é, tem sido uma das ferramentas que a Ana Rita consegue usar de forma eficaz, pois como me disse na troca inicial de mensagens, o importante são as pessoas.

Monday Sep 22, 2014
episódio 44 Sérgio Kaufmann
Monday Sep 22, 2014
Monday Sep 22, 2014
O convidado desta semana é o Sérgio Kaufmann, marceneiro que trocou o video pela madeira, e um porsche por uma bicicleta.
O Sérgio foi-me sugerido por um ouvinte do podcast, o Rui Santos, que é amigo dele, e que trabalhou com ele quando o Sérgio era editor de video.
Aquando da sugestão o Rui, mencionou a mudança de carreira do Sérgio como algo que ele achava de valor, trocar uma carreira longa, no topo, bom salário, mas que mudou, sendo uma das principais razão a vontade de ser pai e ter tempo para o filho.
Fiquei logo cheio de vontade de ir conversar com o Sérgio, pois, os exemplos de pessoas que dão importância, às coisas realmente importantes da vida, o ter tempo, para estar com a família, para andar de bicicleta, para ser alguém que faz por ser o condutor do seu dia-a-dia, é algo que me diz muito, pois a escravatura do ter coisas, estatuto, mas não ter tempo, e estar à mercê de um "chefe", não se encaixa naquilo que quero para a minha vida.
O Sérgio é uma pessoa extremamente acessível, foi fácil criar logo uma ligação com ele, nada de fachada, verdadeiro.
A marcenaria não era algo que o Sérgio tivesse ligação, mas quando, o hoje sócio dele, o Domingos, lhe falou num curso de marcenaria o Sérgio, disse vamos lá a isso, e ao mesmo tempo que tiravam o curso, iam fazendo alguns trabalhos, o que lhes permitia ter mais dúvidas, e dessa forma extrair mais conhecimentos da formação que frequentavam.
O crescimento sustentado da marcenaria "PAU - Marceneiros", é algo que vejo como essencial nos dias que correm, ganhar, investir, e não pôr-mo-nos a pedir empréstimos que nos tornam escravos de uma mensalidade.
A história do Sérgio fez-me lembrar um livro que já li há alguns anos, que me marcou muito, "O monge que vendeu o seu Ferrari" do Robin Sharma, aqui o título do episódio desta semana podia perfeitamente ser, " O marceneiro que vendeu o seu Porsche".

Tuesday Sep 16, 2014
episódio 43 Ricardo Henriques
Tuesday Sep 16, 2014
Tuesday Sep 16, 2014
O convidado desta semana é o Ricardo Henriques, redactor publicitário, amante das viagens e de almoçar com os amigos.
Eu já conhecia o Ricardo há muitos anos, temos uma amiga em comum, e quando essa amiga fazia festas lá nos encontrávamos. Mas pouco sabia do que ele fazia.
Outro dia, abro a revista Visão e vejo o Ricardo com os seus cadernos de viagem. Liguei logo à Tita, a nossa amiga a pedir que fizesse a ponte entre mim e ele, e que me arranjasse o contacto.
Falámos pelo telefone, e na altura não foi possível. Quando regressei de férias, falei com ele, e de um dia para o outro agendámos a entrevista.
A ideia que tinha dele, era de alguém que não sendo calado, não se alongava desnecessáriamente sobre o assunto. Preparei-me mentalmente para saber suportar silêncios, e interromper o menos possível.
Confirmou-se o Ricardo diz o que sente ser o necessário, nada mais, eu como pessoa que fala mais do que deve, admiro as pessoas que fazem a gestão sábia das palavras.
O Ricardo tem um percurso engraçado, de ir fazendo várias coisas, tirou arquitectura de interiores, mas serviu para fazer amigos para a vida, não para decorar apartamentos.
Achei fantástica a ideia de gerir o dia pelo almoço, o antes e o depois do almoço. Escolher com que amigos se vai almoçar, e gerir o dia com esse combustível extra de estarmos com aqueles que nalgum momento foram parte mais presente das nossas vidas.
Eu gostava de fazer o mesmo, adoro marcar almoços com amigos, como desculpa para os rever, e por a conversa em dia.
Percebi pelo exemplo do Ricardo que a serendipidade existe, e que não temos, nem devemos lutar constantemente com o curso das coisas, é deixar fluir, o que tem de ser, será.